O Ministério do Trabalho, chefiado por Yolanda Díaz , está empenhado em decretar um novo aumento do salário mínimo em janeiro, coincidindo com a entrada em vigor dos orçamentos do próximo ano. Os restantes ministérios da economia estão mais relutantes e deixam a porta aberta para que a subida ocorra ao longo de 2022, avança o “El Confidencial”, esta quarta-feira.
O último aumento foi acordado no final de setembro com efeito retroativo para entrar em vigor no dia 1 desse mesmo mês. Um aumento para 965 euros que foi acordado apenas com os sindicatos após o governo de Espanha ter mantido o salário mínimo nacional (SMI) espanhol congelado devido à situação económica decorrente da pandemia.
O acordo com os sindicatos em setembro passado incluiu o compromisso de rever o SMI em 2022 e 2023, mas sem estabelecer prazos . O habitual é que as atualizações ocorram em janeiro, coincidindo com os novos orçamentos, embora desta vez significasse que dois aumentos consecutivos fossem concretizados num prazo de apenas quatro meses.
O governo ainda não entrou em debate sobre o assunto nem os parceiros sociais foram convocados para tratar da negociação. No entanto, a ministra da Economia, Nadia Calviño, já pediu que os sindicatos “não minimizassem” a reavaliação do SMI. O debate não será livre, porque o objetivo do governo é colocar o SMI em 60% do salário médio no final da legislatura, em linha com as recomendações da Carta Social Europeia.
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