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Governo garante que reuniões com militares já começaram e vão continuar “nas próximas semanas”

Nuno Melo falava aos jornalistas depois de discursar no encerramento das jornadas parlamentares do partido, que decorreram na Assembleia da República, em Lisboa.
16 Julho 2024, 16h16

O ministro da Defesa disse hoje que o Governo já se reuniu com as chefias militares e associações sobre a valorização remuneratória, e estimou mais reuniões nas “próximas semanas”.

“O senhor primeiro-ministro foi rigoroso no anúncio que faz, eu gostava apenas de aditar que quando estávamos na Cimeira da Nato, enquanto ministro da Defesa, o mesmo se deu também com o secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Álvaro Castelo Branco, já tínhamos tido um conjunto muito grande de reuniões com as chefias militares, também com o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, e o secretário de Estado teve a oportunidade de receber as associações militares”, afirmou.

Nuno Melo falava aos jornalistas depois de discursar no encerramento das jornadas parlamentares do partido, que decorreram na Assembleia da República, em Lisboa.

O ministro afirmou que “nestes próximos dias, talvez nestas próximas semanas”, o Governo deverá “reunir com uns e com outros”.

“Mas esse caminho já tinha sido feito, de resto foi esse caminho que nos permitiu identificar as prioridades e aquilo que achamos serão a concretização de medidas que darão resposta a cada um destes problemas que serão para muito em breve”, afirmou.

Na quinta-feira, no final da cimeira da NATO, em Washington, o primeiro-ministro anunciou que o Governo irá “colocar em marcha” o processo negocial com os militares com vista a uma valorização remuneratória, sem se comprometer com montantes mas garantindo que não irá comprometer as contas públicas.

Já no discurso de encerramento das jornadas, o ministro da Defesa Nacional prometeu novidades ainda este ano.

“Em 2024 vão ter novidades, vão ter notícias e os militares vão ter razões para se sentirem muito melhor”, disse.

Questionado no final porque não adiantou hoje as medidas que o Governo vai tomar, Nuno Melo disse que “tudo tem um tempo próprio e este não é nem o momento, nem o local” e sustentou que “as medidas que são do Governo têm de ser anunciadas no contexto do Governo, pelo menos no que tem a ver com a Defesa desde logo”.

Melo, que é também presidente do CDS-PP, disse que as medidas “serão comunicadas muito brevemente” e defendeu que “beneficiarão, como há muitos anos não acontecia, as Forças Armadas”, após “um desinvestimento crónico de muitos anos nas Forças Armadas”.

E traçou o diagnóstico: “Nós temos hoje problemas de recrutamento e de retenção porque os salários são baixos, os suplementos não são adequados, o alojamento muitas vezes não existe ou é caro, muitas instalações não estão recuperadas, o equipamento poderia ser muito melhor e, par disto, o que tem a ver também com os ex-combatentes, num estatuto que pode ser melhorado com outras garantias que o Estado deve assegurar”.

O governante indicou que a prioridade serão as medidas dirigidas aos militares atuais e antigos combatentes, que se prendem com “as prioridades que foram definidas” pelo executivo.

“Há depois um investimento que terá que ascender a 2% do Produto Interno Bruto até 2029 que também será traduzido em muitas outras medidas, no que tem a ver com indústria, tecnologia, ciberespaço, espaço, equipamentos, património edificado, alojamento. Portanto, nós teremos, no tempo desta legislatura, muito por fazer na área da Defesa”, indicou.

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