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Governo promete “solução definitiva” para a VCI no Porto até final do ano

“O nosso compromisso foi, até ao final deste ano, apresentarmos uma solução definitiva para a VCI”, disse hoje Miguel Pinto Luz na sede da Área Metropolitana do Porto, após uma reunião com os autarcas da sub-região.
© Cristina Bernardo
3 Setembro 2024, 15h50

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, prometeu hoje uma “solução defintitiva” quanto ao tráfego na Via de Cintura Interna (VCI), no Porto, até final do ano, após se reunir com os autarcas da área metropolitana.

“O nosso compromisso foi, até ao final deste ano, apresentarmos uma solução definitiva para a VCI”, disse hoje Miguel Pinto Luz na sede da Área Metropolitana do Porto, após uma reunião com os autarcas da sub-região.

De acordo com o governante, o tema do trânsito na VCI e nas vias que a alimentam é uma “prioridade total” para o executivo PSD/CDS-PP, apesar de ainda não haver qualquer decisão definitiva tomada.

“É um tema em que hoje é importante encontrarmos uma solução em termos de portagens, [ou] não portagens”, elencou, falando num debate “franco e aberto” com os autarcas, que remeteram ao ministro os vários relatórios já elaborados sobre a temática no passado.

Em declarações aos jornalistas também à margem da reunião na AMP, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse estar “todo contente” acerca do prazo de decisão prometido pelo Governo, desabafando que “mais vale tarde do que nunca”.

“Eu sou um otimista sempre, como vocês sabem. Acredito que vai surgir”, classificando a questão da VCI como “crucial” para o Porto, não só em termos de mobilidade mas também ambientais, já que a cidade almeja atingir a neutralidade carbónica em 2030.

O autarca independente sugeriu a revisitação de um estudo de 2020 que envolveu a Infraestruturas de Portugal (IP), a secretaria de Estado das Infraestruturas e as autarquias do Porto, Maia e Matosinhos, que propunha a relocalização de algumas portagens, mas que não chegou a avançar.

“Nós não nos conformamos apenas com isso. Também foi falada a questão das portagens relativamente aos veículos pesados. Fizemos agora um levantamento exaustivo para perceber quantos veículos pesados andam na VCI”, dizendo Rui Moreira que “não são muitos em percentagem, mas o impacto de um veículo pesado é muito grande, não só pela sua capacidade, mas [também] pela poluição que causa”.

Por isso, a autarquia portuense está a estudar a introdução de limitações nos horários de circulação de pesados na VCI, que está sob gestão da IP, e caso a empresa pública não implemente medidas, a autarquia pode fazê-lo através da criação dessas limitações na Avenida AEP.

“Nós não gostaríamos de estar a tomar medidas que não fossem articuladas com a IP, mas, se for caso disso, teremos que o fazer”, asseverou, mas admitiu que é necessário dialogar com a IP para anunciar as medidas e sinalizá-la nas estradas, “até porque muitos dos veículos pesados não são portugueses”.

Para Rui Moreira, bastaria limitar o tráfego de pesados “entre a Ponte da Arrábida e o nó de Francos, que é onde a carga é maior”.

O autarca do Porto reiterou ainda que, em reuniões tidas no passado com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), esta mostrou-se disponível para que os camiões dos seus associados circulassem pela Circular Regional Externa do Porto (CREP-A41) em vez da VCI, caso não fossem portajados.

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