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Governo revela que rede 5G não “está pensada” para cobrir todo o território de Portugal

A revelação foi feita pelo secretário de Estado da Transição Digital, André de Aragão Azevedo, na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, quando respondia a uma questão sobre se a tecnologia 5G iria ou não cobrir a totalidade do território português.
23 Junho 2020, 15h11

O secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo, afirmou esta terça-feira que “em nenhum país europeu foi assumida a expectativa de cobertura integral” do 5G, adiantando que a tecnologia está “mais vocacionada” para setores específicos.

André de Aragão Azevedo falava na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, respondendo a uma questão de uma deputada sobre se a tecnologia 5G iria ou não cobrir a totalidade do território português.

“Recordo que em nenhum país europeu foi assumida a expectativa de cobertura integral do 5G, porque a própria tecnologia 5G, pela sua própria natureza, não está pensada para ser âmbito de cobertura nacional, numa base de cobertura integral de toda a população”, afirmou o governante, na audição dos secretários de Estado do ministério da Economia e da Transição Digital, no âmbito do Orçamento do Estado Suplementar para 2020.

A tecnologia 5G “está muito mais vocacionada para determinados setores específicos, para vias de comunicação, para infraestruturas críticas, onde aí, sim, a rapidez da comunicação, os grandes volumes de dados, são de facto muito relevantes do ponto de vista do impacto e transformação dos negócios”, salientou.

“O nosso objetivo quando desenhámos aquilo que há de ser o leilão e definimos aquilo que são os requisitos de cobertura do ponto de vista do 5G, quisemos propositadamente adotar um calendário exigente, alinhado com o que são as preocupações europeias, mas sobretudo focar nos setores mais críticos e que vão beneficiar de forma mais eficiente do investimento nesta tecnologia”, concluiu o responsável.

O processo de atribuição das licenças de 5G sofreu atraso devido à sua interrupção na sequência da pandemia de covid-19, sendo esperado que o leilão venha a acontecer no final deste ano.

Anteriormente, estava previsto que o processo de atribuição de licenças ficasse concluído em meados deste ano.

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