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Governo tem 5 grandes objetivos para a privatização da TAP

Uma delas é recuperar os “montantes investidos pelo Estado”, isto é, o dinheiro dos contribuintes já injetados pelo setor público na companhia aérea, que já supera os 3,4 mil milhões de euros desde 2016.
© Cristina Bernardo
10 Julho 2025, 17h07

O Governo tem 5 grandes objetivos para a privatização da TAP, anunciou hoje o executivo de Luís Montenegro.

A primeira é recuperar os “montantes investidos pelo Estado”, isto é, o dinheiro dos contribuintes já injetados pelo setor público na companhia aérea, que já supera os 3,4 mil milhões de euros desde 2016.

Em segundo, reforçar “competências de aviação e engenharia, bem como manter rotas estratégicas”, segundo a apresentação feita hoje pelo ministro das Infraestruturas Miguel Pinto Luz no briefing do Conselho de Ministros.

Em terceiro, “valorizar e fazer crescer a TAP com investimento privado”, destacando que o Estado está “impedido de investir mais na TAP”, devido ao acordo de reestruturação com Bruxelas.

Em quarto, manter a marca TAP com “sede e direção efetiva em Lisboa”, o hub em Lisboa preservando as rotas estratégicas de ligação à diáspora e aos países de língua oficial portuguesa.

Por último, “criar sinergias com investidor de referência para aumentar competitividade”.

Governo abre privatização de 49% da TAP a vários investidores

“Decidimos e aprovámos reprivatização da TAP”, anunciou hoje o primeiro-ministro, umas horas antes do briefing do Conselho de Ministros lançando oficialmente a “primeira fase” do processo.

“Abertura ao capital de um investidores ou mais até 44,9% do capital da empresa e de 5% aos trabalhadores. Um objetivo que queremos salvaguardar é o hub de Lisboa, aproveitamento de todas as infraestruturas aeroportuárias do país”, incluindo o futuro aeroporto de Lisboa e os atuais de Lisboa, Porto e Faro.

“A nossa convicção é que haverá muitos interessados”, disse Luís Montenegro esta quinta-feira em conferência de imprensa em São Bento, num momento em que ainda decorre o Conselho de Ministros.

Mais esclarecimentos serão dados pelas 17h no Briefing do Conselho de Ministros pelo ministro da Infraestruturas Miguel Pinto Luz e pelo ministro da Presidência António Leitão Amaro.

O Governo vai depois avaliar do ponto de vista “técnico, financeiro e estratégico as propostas apresentadas”.

Mas avisou: “Se nenhuma for de molde a salvaguardar o interesse estrategicamente relevante, o diploma incorpora a possibilidade de suspender ou frustrar o procedimento sem qualquer consequência indemnizatória para os interessados”.

“Já gastámos muito dinheiro que não se repercutiu na vida das portuguesas e portugueses. Não queremos deitar dinheiro para um poço que não tem fundo”, destacou.

A privatização deve ser “enquadrada num contexto de ser competitiva, de ser financeiramente sustentável e estar ao serviço estratégico do país”.

 

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