Governo timorense assina com empresa suíça acordo para desenvolver gasoduto

Timor-Leste assinou com uma empresa suíça um acordo para desenvolver a conceção de um gasoduto para transporte de gás natural entre o campo Bayu Udan, no mar de Timor, até à costa sul, anunciou hoje o Executivo timorense.

O acordo foi assinado, segunda-feira, entre o Ministério do Petróleo e Recursos Naturais, a empresa pública Timor GAP e a empresa suíça StreamTec Solution AG.

As partes acordaram a criação de uma empresa com participação pública e privada, denominada Streamtec Timor-Leste Pipeline, que ficará responsável pela promoção, operação e manutenção do gasoduto que transportará o gás natural do Bayu Undan até Natarbora, na costa sul do país.

Com a queda da produção do campo Bayu Undan e o encerramento da rota comercial (gasoduto) para a Austrália é necessário “desenvolver uma solução nacional de gasoduto, que permita continuar a utilizar as reservas remanescentes e alinhar com o potencial desenvolvimento do campo de Chuditch”, explicou o ministro do Petróleo, Francisco Monteiro, citado na informação do Governo.

O acordo assinado com empresa suíça ocorre na sequência de um outro estabelecido em dezembro passado com a SundaGas, relativo à exploração do campo Chuditch, com uma quantidade de gás 1,16 triliões de pés cúbicos e que tem potencial comercial.

O compromisso assumido pelas partes não é vinculativo e está sujeito a uma perfuração de avaliação e a um teste de fluxo de produção no Chuditch 2, que devem ocorrer este ano.

No âmbito desse acordo, a SundaGas compromete-se a fornecer gás a Timor-Leste através das instalações do Bayu Undan e as autoridades timorenses comprometem-se a acelerar as infraestruturas necessárias para o transporte e receção do gás em terra, incluindo a instalação de um gasoduto até à costa sul de Timor-Leste.

“A Streamtec Timor-Leste Pipeline poderá ainda vir a participar no projeto Greater Sunrise, dependendo do desfecho das negociações atualmente em curso entre a ‘joint venture’ do Sunrise e os Governos de Timor-Leste e da Austrália”, salienta o Governo timorense.