A revista “Sábado” apresenta esta quinta-feira um retrato do PSD com o país de eleições legislativas marcadas e um Governo da Aliança Democrática (coligação dos social-democratas com o CDS) que praticamente não durou um ano.
“Montenegro tem a lógica de dar prioridade ao aparelho do partido e chegado ao poder, conseguiu capturar o PSD por inteiro. A cúpula do Governo controla o partido”: a citação é de um dirigente local à “Sábado” e a mesma ideia foi repetida por alguns dirigentes do PSD espalhados pelo país e ouvidos pela publicação.
Entre os dirigentes social-democratas, há quem fale de “um grande embaraço” causado pelas respostas evasivas do primeiro-ministro sobre a situação que o relaciona à empresa da família – a Spinumviva – mas também à comunicação difusa dos ministros mais significativos assim como a decisão de apresentar uma moção de confiança.
“Às tantas estamos todos a defender o indefensável”, confessaram alguns dirigentes locais do PSD à reportagem da “Sábado”. Dentro do partido, há a sensação de que o PSD encontra-se absolutamente incapaz de gerar uma alternativa a Luís Montenegro e que o presidente do partido tem a força política no bolso. O ambiente é descrito como uma “paz podre” não só por não se vislumbrar uma alternativa de liderança mas também porque há cargos públicos para proteger.
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