Cumpriu-se esta terça-feira, 20 de junho, o segundo dia de greve nacional de professores às provas de aferição do 1.º ciclo do ensino básico, com elevado nível de paralisação.
Com efeito, o balanço apresentado ao final do dia pela FENPROF revela que “em mais de meio milhar de escolas, um pouco por todo o país, não se realizaram provas de aferição”, tendo ficado por realizar “cerca de 15 mil provas” devido à greve.
A maior federação sindical do país, que lidera a convergência de nove estruturas refere ainda que houve casos em que a não realização das provas decorreu de “problemas técnicos e também da decisão de pais que, discordando destas provas, não permitiram que os seus filhos e educandos as realizassem”.
“A desvalorização da profissão docente está a levar a uma crescente e bem visível falta de professores nas escolas”, afirma a FENPROF. Segundo esta estrutura, cerca de 30 mil alunos não tiveram, ao longo do ano, pelo menos, um professor.
O número cresce se considerarmos os professores não profissionalizados a que as escolas tiveram de recorrer. “Pode afirmar-se que, se não tivesse havido tal recurso, o número multiplicar-se-ia por 10, ultrapassando-se os 300 mil. É verdade que a luta dos professores visa resolver problemas do presente, mas esta é uma luta que também tem sido impulsionada pela preocupação dos docentes em relação ao futuro da profissão e da escola pública”, salienta.
De lembrar que as nove organizações sindicais (ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU) requereram já junto dos colégios arbitrais, a aclaração dos acórdãos que decretam os serviços mínimos, tanto para as avaliações sumativas, como para as provas finais de 9.º ano e os exames do ensino secundário e vão avançar para os tribunais.
Veja aqui os pré-avisos de greve entregues pelos sindicatos da convergência
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