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Greve. PS aponta para “grande derrota do Governo” e diz que Leitão Amaro “não vive neste país”

Brilhante Dias, líder parlamentar do PS, afirma que a greve geral desta quinta-feira, contra o pacote laboral, é a todos os títulos um grande êxito e devemos felicitar a grande capacidade de mobilização das centrais sindicais, quer da UGT quer da CGTP”.
11 Dezembro 2025, 13h48

Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar do Partido Socialista (PS), reagiu às declarações de António Leitão Amaro sobre a greve geral desta quinta-feira dizendo que o “ministro não vive neste país” e não compreendeu a “resposta expressiva” dos trabalhadores na rejeição ao pacote laboral.

Leitão Amaro “não percebeu o que está a acontecer nas diferentes instituições: dos hospitais às escolas, às fábricas mais emblemáticas e exportadoras, aos transportes públicos. Não andou seguramente no trânsito hoje em Lisboa, é muito menor. O Governo deve perceber esse sinal”, disse o socialista numa reação aos jornalistas feita no Parlamento.

Para Brilhante Dias, “não há grandes dúvidas”: “A resposta dos trabalhadores ao pacote laboral é uma resposta expressiva. Esta greve geral é a todos os títulos um grande êxito e devemos felicitar a grande capacidade de mobilização das centrais sindicais, quer da UGT quer da CGTP. Esperamos que o Governo ouça e veja aquilo que está a acontecer em todo o país, é uma grande derrota do Governo no dia de hoje”, considerou o líder da bancada do PS.

Face ao “sinal” que hoje foi dado, continuou Brilhante Dias, o PS espera que o Governo “volte atrás” e se “sente com os parceiros sociais”, incluindo as centrais sindicais, e que promova “as alterações ao pacote laboral que devem ser feitas”.

“Somos contra estas medidas [do anteprojeto “Trabalho XXI”], são um retrocesso, trazem mais precariedade. Todos os progressos que fizemos para a conciliação entre a vida profissional e familiar, tudo o que fizemos para garantir, por exemplo, que as trabalhadoras domésticas tinham o seu contrato registado e contribuições para a segurança social. Vamos por em causa direitos fundamentais? Não pode ser”, acentuou.

Brilhante Dias disse esperar que o documento que vier a ser submetido ao Parlamento seja uma proposta “completamente diferente daquela que hoje está em cima da mesa”, alertando que compete ao Governo “ouvir com atenção” aquilo que os trabalhadores estão a manifestar em relação às alterações laborais.

Esta manhã, o ministro da Presidência defendeu que a “esmagadora maioria dos portugueses” estão a trabalhar e que a greve geral mais parece uma paralisação parcial da função pública, já que a adesão nos setores privado e social varia entre o e 10%, disse.

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