O presidente João Lourenço fez questão de marcar presença, a 30 de novembro, na inauguração do Complexo Industrial Carrinho, situado nos arredores da cidade de Benguela. Este empreendimento, integrado num dos maiores grupos privados do país, promete produzir mensalmente 100 mil toneladas de produtos que integram a chamada “cesta básica” de Angola, que integra produtos como açúcar, arroz, farinha de milho e trigo, feijão, leite, óleos alimentares, sabão, sal, massas alimentares, sumos, frango, carne suína e bovina.
Em declarações aos jornalistas, na ocasião, João Lourenço elogiou este exemplo da indústria transformadora colocada ao serviço da sociedade angolana, fazendo votos para que empreendimentos semelhantes possam multiplicar-se noutras zonas do país, em benefício da população em geral e dos produtores agrícolas em particular. Designadamente os que cultivam milho, trigo, arroz e feijão, que assim terão maior capacidade de escoar as colheitas.
O Chefe do Estado assegurou que todos os empresários que “souberem trabalhar no sentido do melhor aproveitamento dos produtos do campo” poderão contar com o apoio do Governo.
Este empreendimento industrial, sublinhou, ajudará a combater o desemprego e a reduzir a importação de bens alimentares. O Executivo angolano quer restringir até 60% a aquisição ao estrangeiro de bens acabados para consumo das populações. Meta de longo prazo: tornar o país autossuficiente na cadeia alimentar, concretizando um desígnio já com décadas.
O complexo empresarial de Benguela integra 17 fábricas, das quais 15 de vocação alimentar e duas não-alimentares. Inclui armazéns, silos e moagens de milho e trigo, áreas técnicas e escritórios. Emprega cerca de 600 trabalhadores, na esmagadora maioria jovens locais, produzindo bens tão diversos como bolachas, massas alimentícias, leite condensado, papas lácteas e rebuçados. Integra ainda fábricas especializadas na refinação e enchimento de óleo vegetal, maionese, molhos diversos, margarina, processamento de carnes. E unidades fabris vocacionadas para o empacotamento de farinha de trigo, milho, arroz, leite em pó e sal, entre outros produtos. Sem esquecer artigos de higiene, como sabonetes, sabões e detergentes.
O empreendimento resultou de um investimento avaliado em cerca de 600 milhões de dólares, financiados em mais de dois terços pelo grupo Paramount Energy SA, com sede na Suíça. As restantes parcelas são repartidas por capitais próprios e pelo Banco Keve.
Este complexo industrial permitirá, por outro lado, dinamizar o caminho de ferro de Benguela e o porto, dando mais vida ao Corredor do Lobito.
Existe ainda outra iniciativa empresarial do Grupo Carrinho já em marcha. Deverá situar-se na cidade petrolífera do Soyo, na província do Zaire e tem inauguração prevista para 2021.
Fundado em 1996, o Grupo Carrinho é 100% angolano e tem-se especializado na comercialização a retalho de produtos alimentares e bebidas, contando com várias unidades de negócio: Carrinho Indústria, Lojas Bem Barato, Bem Bom, Leonor Carrinho Grupo, Leonor Carrinho Catering, Ki-pão e FEC, que representam as marcas Manty, Tio Lucas, Kitandeira e D’Angola. l *com agências
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