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Há menos europeus a não conseguir pagar contas ou suportar despesas inesperadas

No ano passado, 6% dos portugueses e 31 milhões de pessoas na União Europeia encontravam-se em situação de privação material séria, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat.
  • Dado Ruvic/Reuters
8 Maio 2019, 11h06

Há uma tendência de diminuição no número de pessoas gravemente carenciadas na União Europeia, que também está a contagiar Portugal. No ano passado, 6,2% da população europeia – cerca de 31 milhões de pessoas – encontrava-se numa séria privação material. Ou seja, tinha dificuldades em ter bens considerados pela maioria como “desejáveis ​​ou necessários” para o quotidiano. De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat, 6% dos portugueses encontravam-se nesta situação em 2018 (abaixo da média europeia e menos 9 pontos percentuais do que a percentagem de 2017).

Na prática, a taxa – que teve o seu pico em 2012 (9,9%) – significa que estas pessoas não conseguem pagar ou fazer, pelo menos, três das nove coisas seguintes: pagar a renda e as contas de casa; manter o lar adequadamente aquecido; enfrentar despesas inesperadas; comer carne ou proteínas regularmente; ir de férias uma semana longe de casa; ter uma televisão; ter uma máquina de lavar; ter um carro e ter um telefone.

Os adultos solteiros são quem mais sente esta dificuldade ‘na pele’, segundo os números do organismo de estatísticas da União Europeia. “A taxa de privação material grave para agregados com apenas um adulto é de 9,1% se não tiver filhos dependentes. É de 13,2% para uma família composta por um adulto solteiro com filhos. Para as famílias em que há dois ou mais adultos, as taxas são significativamente mais baixas: 4,4% sem filhos e 5,7% com crianças”, refere o Eurostat.

Em termos de Estados-membros, a Bulgária (20,9%), a Roménia (16,8%) e a Grécia (16,7%) destacaram-se por assinalar as percentagens mais elevadas de privação material grave. Por outro lado, os valores mais baixos, abaixo dos 2,5%, foram registados na Suécia (1,1% em 2017), Luxemburgo (1,2%) e Holanda (2,4%).

Taxa de privação de bens (2010-2018)

Fonte: Eurostat

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