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Haitong e Uría participam na entrada em bolsa da fintech Raize

A Raize diz que “estão já em curso as diligências legais e financeiras necessárias com vista ao lançamento da operação no 2º ou 3º trimestre”. A colocação será feita num dos mercados da Euronext Lisbon: “Euronext Access” ou a “Euronext Growth”. A oferta será dirigida a investidores de retalho e institucionais.
16 Março 2018, 13h27

A fintech portuguesa Raize, que gere a maior bolsa nacional de empréstimos a PME (pequenas e médias empresas), anunciou a contratação do Haitong Bank e da Uría Menéndez, como assessores financeiro e jurídico, respetivamente, para a apoiar na colocação das ações em bolsa.

A operação deverá ocorrer no segundo ou terceiro trimestres deste ano. A Raize diz que “estão já em curso as diligências legais e financeiras necessárias com vista ao lançamento da operação no 2º ou 3º trimestre”.

A colocação será feita num dos mercados da Euronext Lisbon: “Euronext Access” ou a “Euronext Growth”. A oferta será dirigida a investidores de retalho e institucionais.

A Oferta Pública Inicial não carece de aprovação de prospeto por parte da CMVM, uma vez que o valor de Oferta será inferior a 5 milhões de euros, tal como previsto no artigo 111.º, n.º 1, alínea i) do Código dos Valores Mobiliários.

A Raize contratou o Haitong Bank e o escritório de advogado Úria Menendéz para a apoiar nesse processo de entrada em bolsa. O banco de investimento e o escritório de advogados vão assim assegurar todo o processo legal e financeiro, que, segundo a empresa liderada por José Maria Rego, António Marques e Afonso Fuzeta Eça, contará ainda com o envolvimento da PLMJ.

De acordo com declarações de José Maria Rego em comunicado, “o processo está já a seguir os processos normais de diligência e análise que devem ficar concluídos durante o 2º trimestre. Nessa altura, estaremos na posição para avançar com o anúncio formal e subsequente colocação junto dos investidores. Temos mais de 19 mil investidores na bolsa e muitos já manifestaram interesse em participar na operação, o que é um excelente indicador de procura de mercado”.

Um dos principais objetivos da Raize com esta operação é alargar a base acionista, que além dos fundadores da empresa, conta com a participação de importantes investidores nacionais como a SIMUM SGPS, PARTAC SGPS e a Parinama SGPS, que estão ligadas às famílias Champalimaud e Salvador Caetano, e o investidor Luís Delgado, ex-dono da revista Time Out em Portugal, que deu origem ao projeto no mercado da Ribeira, e que recentemente adquiriu as revistas do grupo Impresa.

A empresa resulta de um investimento de um milhão de euros e fatura 7,5 milhões (em 2017).

A Raize salienta que esta operação pretende ser um catalisador para a colocação de PME em mercado.

Pois o mercado de capitais em Portugal tem estado dormente nos últimos anos e a Raize será a primeira empresa desde dos CTT e da Luz Saúde a entrar em bolsa com uma oferta dirigida a investidores de retalho.

“Estamos motivados com o facto de podermos vir a ser um catalisador para a colocação de mais PME em mercado. O mercado português não está habituado a este género de operações e estamos convencidos que depois da Raize mais empresas poderão seguir-se”, diz José Maria Rego.

Já segundo Afonso Eça, “esta é uma excelente oportunidade para reativarmos o mercado de “IPOs” em Portugal. Não há razão nenhuma para não haver mais empresas portuguesas cotadas na Bolsa. É preciso dinamizar novamente este mercado. A economia portuguesa só tem a ganhar, um mercado de capitais forte e dinâmico é essencial para o crescimento do país”.

“Estamos a criar a maior plataforma de investimento em Portugal”

Um dos objetivos da Raize é criar a maior plataforma de investimento em Portugal, dizem em comunicado. De acordo com Afonso Fuzeta Eça, “a Raize está a criar a maior plataforma de investimento em Portugal, capaz de investir de forma rápida e eficaz nas PME nacionais. Temos milhares de investidores de todo o país, de diferentes dimensões, mas todos com um objetivo comum: investir nas PME portuguesas.” A Raize conta hoje com mais de 19 mil investidores que já investiram em mais de 650 operações de mercado e diz ter 25 milhões para investir nas empresas portuguesas em 2018.

Na Raize, as micro e pequenas empresas podem obter financiamento em 5 a 10 dias e com custos muito competitivos. Isto compara com processos de financiamento na banca bastante mais demorados e com custos elevados.

 

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