O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou neste sábado a detenção de Jacob Anthony Angeli Chansley, também conhecido por Jake Angeli e mundialmente famoso como o “homem dos chifres” desde a invasão do edifício do Capitólio, em Washington, na passada quarta-feira. As autoridades acreditam que se trata do apoiante de Donald Trump que apareceu sem camisa, a cara pintada de vermelho, azul e branco, e com um gorro de pele de urso enfeitado com chifres na cabeça durante os incidentes que provocaram cinco mortes, sendo acusado por um juiz federal de entrar e permanecer intencionalmente num edifício de acesso proibido, de conduta desordeira e de acesso violento a instalações.
Identificado facilmente, visto que já tinha comparecido a outras manifestações em apoio de Trump com os mesmos trajes e a mesma maquilhagem, o homem de 32 anos, muito ativo no site QAnon, onde são partilhadas teorias de conspiração que identificam o ainda presidente dos Estados Unidos como entrave a uma conspiração de corruptos, pedófilos e satânicos, empunhava uma haste metálica com a bandeira norte-americana.
Depois de no assalto ao Capitólio ter sido fotografado na sala do Senado e ouvido a perguntar “onde é que está Mike Pence?”, furioso por o vice-presidente não ter contestado os votos do Colégio Eleitoral que deram a vitória nas eleições presidenciais ao democrata Joe Biden, Angeli chegou a prestar declarações a jornalistas. Alegou que a polícia “acabou por desistir de impedir” que ele e outros apoiantes de Trump entrassem nas instalações e que o “deixaram sair sem ser detido” depois de lhe “pediram educadamente”.
Além de Jake Angeli foram ainda ouvidos e acusados no mesmo tribunal federal do Distrito da Columbia outros dois suspeitos de estarem implicados no ataque ao Capitólio: Adam Johnson, de 36 anos, natural da Florida, que além dos outros crimes também irá responder por furto de propriedade governamental (o púlpito da líder da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi), e Derrick Evans, de 35 anos, que é um congressista estadual republicano na Virgínia Ocidental. Entretanto, já terá renunciado ao mandato.
A investigação policial foi conduzida pelo FBI, com apoio do corpo policial do Congresso, e continua a haver apelos para identificar as centenas de participantes no motim que, segundo muitos políticos democratas – e não poucos republicanos – deverá conduzir à destituição de Donald Trump da presidência dos Estados Unidos ainda antes de dia 20, data da tomada de posse de Joe Biden.
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