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Hospital de Santa Maria é o primeiro da Península Ibérica com robô para preparar tratamentos oncológicos

As equipas de saúde conseguiam realizar diariamente entre 80 e 100 preparações de tratamentos. Contudo, a tecnologia permite agora assegurar 20 a 60 preparações por hora, segundo um comunicado do gabinete de comunicação da unidade local de Saúde de Santa Maria
12 Abril 2024, 18h53

O Hospital de Santa Maria, que integra desde 2017 o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, tornou-se no primeiro da Península Ibérica a incorporar, na preparação de tratamentos oncológicos, um robot inovador que potencia o processo.

Em comunicado, o gabinete de comunicação da unidade local de Saúde de Santa Maria refere que vários doentes que ali estavam a ser acompanhados começaram, este mês, “a ser tratados com fármacos preparados por este novo sistema automatizado instalado no Serviço de Gestão Técnico-Farmacêutica da ULSSM”.

De acordo com a mesma nota, as equipas de saúde conseguiam realizar diariamente entre 80 e 100 preparações de tratamentos. Contudo, a tecnologia permite agora assegurar 20 a 60 preparações por hora.

“A grande vantagem deste sistema automatizado, face à preparação manual, é preparar tratamentos para oito doentes em simultâneo. Isto porque permite-nos fazer preparações de forma paralela, enquanto manualmente tem de ser em sequência e cada uma pode chegar a 15 minutos”, refere João Paulo Cruz, diretor daquele serviço, citado em comunicado.

Trata-se do “terceiro do género a entrar em funcionamento a nível mundial”, acrescenta a mesma nota.

Além disso, o novo sistema permite reduzir desperdícios e gerar poupanças de custos, permitindo reforçar as equipas de outros sectores do serviço e aliviando a carga de trabalho de alguns profissionais de saúde.

“Em termos de recursos humanos, uma equipa normal precisa de pelo menos três elementos por câmara. Até agora, tínhamos três câmaras em funcionamento, ou seja, pelo menos 9 elementos alocados a estes processos”, explica o mesmo responsável, acrescentando que “o robot permite, nesta fase e para melhor monitorização do processo, trabalhar com um técnico e um farmacêutico, e no futuro será mesmo possível a presença apenas de um técnico”.

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