“A alegria é a coisa mais séria da vida”, escreveu Almada Negreiros. Não sabemos o que diria Hugo van der Ding a este propósito. Talvez reformulasse para dizer que o humor é a coisa mais séria da vida e que, apesar do riso fácil que lhe conhecemos, trata a ‘coisa’ com muita seriedade.
Não gosta que lhe chamem humorista, apesar de fazer rir muita gente há muito tempo. E de, por momentos, ter acreditado que o Direito seria o seu futuro. Não durou muito. A História levou a melhor. Bem, nem por isso. Irrequieto, em constante erupção vulcânica criativa, van der Ding – nome ficcionado, porque sim – vive em constante desassossego. Precisa de estar em várias frentes ao mesmo tempo para que a vida lhe faça sentido. Daí que ao cartoon – as incontornáveis “Criada Malcriada” e “Cavaca a Presidenta” – e à locução, tenha somado mais recentemente o frisson do teatro. Estreou-se em “O Nome da Rosa”, um espetáculo a partir de um texto escrito por si e por Pedro Penim, naquela que foi uma homenagem à atleta Rosa Mota. Também aqui vestiu a pele de ator e teve uma epifania: “Era aquilo que queria fazer da minha vida”. Será que devemos levá-lo a sério?
És uma pessoa emotiva ou racional, ou consegues algum tipo de equilíbrio?
Acho que consigo estabelecer esse diálogo interior entre essas duas coisas. A emotividade vem sempre primeiro, claro! Gostava de controlar mais essa parte impulsiva e, em terapia, trabalho imenso essa coisa. [sorriso] Mas às vezes é incontrolável! A impulsividade é quase sempre um sinal de que “aquilo” mexeu connosco e é uma boa oportunidade de trabalhar “aquilo”. É bom desenrolar esse novelo.
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