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Hungria considera “má decisão” a abertura de negociações para adesão da Ucrânia à UE

“A adesão à Ucrânia à UE é uma má decisão. A Hungria não quer participar desta má decisão”, escreveu o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, numa publicação na rede social Facebook, após o anúncio desta deliberação, que exigia unanimidade no Conselho Europeu.
14 Dezembro 2023, 18h35

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, considerou hoje uma “má decisão” a abertura de negociações formais de adesão da Ucrânia à União Europeia (UE), na qual, disse, a Hungria “não quer participar”.

“A adesão à Ucrânia à UE é uma má decisão. A Hungria não quer participar desta má decisão”, escreveu Viktor Orbán, numa publicação na rede social Facebook, após o anúncio desta deliberação, que exigia unanimidade no Conselho Europeu.

Entretanto, fontes europeias indicaram que, quando os líderes europeus estavam a tomar esta decisão, Viktor Orbán saiu da sala, embora tivesse conhecimento da votação.

Outras fontes europeias referiram que, no momento em que a decisão foi adotada, Orbán “se ausentou momentaneamente da sala de uma forma previamente acordada e construtiva”.

O Conselho Europeu decidiu hoje abrir as negociações formais de adesão à UE com a Ucrânia e a Moldova, anunciou o presidente da instituição, falando num “sinal claro de esperança” para estes países.

“O Conselho Europeu decidiu abrir negociações de adesão com a Ucrânia e a Moldova”, anunciou Charles Michel, numa publicação na rede social X (antigo Twitter), após horas de discussões entre os chefes de Governo e de Estado da UE, reunidos hoje em cimeira europeia, em Bruxelas, um encontro marcado pelas ameaças húngaras de veto a decisões como a agora conhecida.

Para o presidente do Conselho Europeu, este é “um sinal claro de esperança para os cidadãos destes países e para o continente” europeu.

A porta-voz de Charles Michel precisou depois à imprensa em Bruxelas que “o Conselho Europeu tomou uma decisão e ninguém a contestou”, isto depois de a Hungria ter vindo a ameaçar vetar a decisão de abertura de negociações formais com a Ucrânia por preocupações relacionadas com a corrupção no país.

A Ucrânia e a Moldova têm estatuto de países candidatos à UE desde meados de 2022.

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