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Iberdrola acusada de manipular preços e obter lucro ilícito de 20 milhões

Em 2015, a multinacional já tinha sido obrigada ao pagamento de uma multa de 25 milhões de euros imposta pela Comissão Nacional de Mercados e Concorrência (CNMC), por práticas fraudulentas.
12 Maio 2017, 11h54

A multinacional de energia elétrica Iberdrola está a ser investigada por suspeitas de ter inflacionado de forma artificial o preço da luz em 2013, durante uma vaga de frio no inverno. A manipulação indevida dos preços terá permitido à empresa obter “um lucro ilícito de 20 milhões de euros”, de acordo com a acusação feita pelo departamento anticorrupção espanhol.

Segundo avança o jornal espanhol ‘El País’, a companhia, que também está presente no mercado português, é acusada de ter “posto em marcha um sistema para incrementar o preço da energia que vendia para além do que poderia resultar da livre concorrência da oferta e procura”. As sedes da Iberdrola, em Bilbau e Madrid, foram alvo de buscas das autoridades, esta quinta-feira, para tentarem recolher informação relacionada com o susposto crime de corrupção.

A companhia nega “qualquer prática fraudulenta” e que a sua ação foi “completamente racional e legítima”, garantindo ainda que está a cooperar com as autoridades. Esta é a primeira vez que uma empresa elétrica terá de responder em tribunal por crimes “contra o mercado e contra os consumidores” deste tipo em Espanha.

Os dirigentes da Iberdrola podem ficar sujeitos a penas de cinco anos de prisão dada a “grande gravidade” da sua conduta. Em 2015, a multinacional já tinha sido obrigada ao pagamento de uma multa de 25 milhões de euros imposta pela Comissão Nacional de Mercados e Concorrência (CNMC).

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