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Igualdade Salarial: homens ainda recebem mais que as mulheres

Atualmente apenas 33% das empresas inquiridas partilham com os colaboradores a banda salarial para a sua função e apenas 10% partilham informação sobre a compensação prevista para a função.
14 Novembro 2024, 08h38

A igualdade salarial ainda não é uma realidade em Portugal, apesar de todos os esforços que têm sido feitos nos últimos anos. Num momento em que a diretiva europeia sobre a transparência salarial tem de ser transposta até 2026, a Mercer revela que os homens portugueses ainda ganham mais que as mulheres, numa diferença média de 10%.

O estudo da Mercer, que englobou 120 empresas em território nacional de diferentes setores, mostra que 59% destas companhias admitem estar a trabalhar ativamente o tema da transparência salarial, mas 40% assumem ainda não conhecer a diretiva e as suas implicações.

As empresas assumem trabalhar o tema principalmente pela estratégia de equidade salarial (73%) e o facto do tópico fazer parte do modelo de valores da organização (51%).

“As organizações reconhecem enfrentar desafios significativos, apontando como mais proeminentes estarem ainda a perceber o que fazer em matéria de transparência salarial (43%), a criação de uma estrutura de classificação que permita a identificação de postos de trabalho comparáveis (41%) e o desenvolvimento de análises de equidade salarial (38%)”, lê-se na análise.

Atualmente apenas 33% das empresas inquiridas partilham com os colaboradores a banda salarial para a sua função e apenas 10% partilham informação sobre a compensação prevista para a função.

Ainda assim, metade (cinco em cada 10) admite ter de aplicar mudanças moderadas ou significativas às políticas de compensação para cumprir os requisitos mínimos da diretiva europeia. Apenas 5% das organizações vão ter de reestruturar completamente as suas políticas de compensação e 13% revelam não saber o impacto da medida nas estruturas.

Sobre a frequência com que avaliam o nível de equidade salarial, 35% das empresas afirmam fazê-lo anualmente e 45% de “tempos em tempos”, com a maioria das organizações (70%) a desenvolver este processo através de recursos internos.

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