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Ikea. Trabalhadores do call center estão a tornar-se “designers” de interiores

Nos últimos dois anos, cerca de 8.500 funcionários dos centros de contacto da empresa receberam formação para dar consultoria de design de interiores. Em Portugal, esse serviço custa aos clientes 25 euros por hora (online) e a partir de 199 euros para um projeto com imagens 3D.
13 Junho 2023, 12h45

A Ikea tem estado a formar os seus trabalhadores dos call centers para serem também consultores de design de interiores, no âmbito do alargamento de serviços disponibilizados pelo grupo sueco do mobiliário e decoração. Nos últimos dois anos, cerca de 8.500 funcionários fizeram esse curso especializado.

Os números foram avançados esta terça-feira pela agência “Reuters“, que revelou ainda que o bot baseado em Inteligência Artificial (IA) – a “Billie”, como a gama de estantes – tratou de quase metade (47%) das chamadas dos clientes para os centros de contacto desde 2021.

“Estamos empenhados em fortalecer a empregabilidade dos colegas de trabalho na Ingka, através de aprendizagem, desenvolvimento e requalificação ao longo da vida, e acelerar a criação de novos empregos”, afirmou Ulrika Biesert, manager global de Pessoas e Cultura da Ingka.

Questionada pela Reuters sobre se acha que o aumento da utilização de IA levará a um corte no número de trabalhadores da empresa, a gestora neerlandesa declarou: “Não é isso que estamos a ver agora”.

Em meados do passado mês de abril, a Ikea expandiu o leque de serviços oferecidos para passar a ter design de interiores em mercados como o Reino Unido e os Estados Unidos. Em Portugal, os clientes pagam 25 euros por hora para consultoria online e a partir de 199 euros para receberem uma proposta de projeto de design de interiores para uma divisão de casa com imagens 3D, segundo o preçário consultado pelo Jornal Económico.

No ano fiscal de 2022, as vendas de produtos e serviços de design de interiores da Ingka através de telefone ou videochamada representaram 1,3 mil milhões de euros, o que representa 3,3% do total das receitas. À agência, o grupo Ingka adiantou que pretende aumentar essa percentagem para 10% até 2028.

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