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IL critica Gandra D’Almeida e desafia Governo a iniciar “verdadeira reforma” na Saúde

Para a IL, “o diretor executivo do SNS não manifestava qualquer capacidade de gestão das atribuições que lhe foram confiadas”.
18 Janeiro 2025, 17h16

A IL criticou hoje a ação de Gandra D’Almeida como diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), considerando que não tinha condições para continuar, e desafiou o Governo a iniciar uma “verdadeira reforma” na saúde.

Esta posição da Iniciativa Liberal (IL) surgiu em reação à demissão de António Gandra D’Almeida do cargo de diretor executivo do SNS, na sexta-feira, após a SIC ter noticiado que acumulou durante mais de dois anos as funções de diretor do INEM do Norte, com sede no Porto, com as de médico tarefeiro nas urgências de Faro e Portimão.

Logo a seguir, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, aceitou o pedido de demissão apresentado por António Gandra D’Almeida.

Para a IL, “o diretor executivo do SNS não manifestava qualquer capacidade de gestão das atribuições que lhe foram confiadas”.

“Contribuiu para o falhanço dos sucessivos planos de saúde da AD nos últimos meses e para a degradação do SNS que se tem acentuado. Devia ter sido substituído logo que se tornou evidente a sua incompetência”, sustenta-se na nota divulgada pela IL.

Perante a situação de incompatibilidade por acumulação ilegal de funções e rendimentos, para a direção dos liberais, “era impossível continuar” nas funções de diretor executivo do SNS.

“A IL espera que o Governo da AD aproveite esta oportunidade para iniciar finalmente uma verdadeira reforma da saúde dando resposta aos problemas dos portugueses, nomeadamente aos que têm menos recursos e vivem sem acesso a cuidados fundamentais”, acrescenta-se na mesma nota.

Em 22 de maio de 2024, o Ministério da Saúde anunciou a escolha do médico militar António Gandra D´Almeida para substituir Fernando Araújo como diretor executivo do SNS e no mês seguinte o Conselho de Ministros aprovou a sua designação para o cargo.

Gandra D´Almeida, especialista em cirurgia geral, foi diretor da delegação do Norte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) a partir de novembro de 2021 e, nas Forças Armadas, acumulou funções de chefia e de coordenação.

Foi escolhido para as funções de diretor executivo na sequência da demissão apresentada por Fernando Araújo no final de abril de 2024, alegando que não queria ser um obstáculo ao Governo nas políticas e nas medidas que considerasse necessário implementar.

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