Imobiliário comercial registou volume de investimento de 260 milhões no primeiro trimestre

O volume de investimento em imobiliário comercial atingiu os 260 milhões de euros no primeiro trimestre, o que significou uma ligeira quebra de 5% face ao período homólogo, segundo o estudo trimestral ‘Market Pulse’ da consultora JLL divulgado esta terça-feira.

Contudo, esta verba fica 6% acima da média verificada nos últimos três anos, com o segmento de escritórios a ser a responsável por 37% do montante investido, seguido pelo retalho (35%), e dos hotéis (24%). Os investidores internacionais tiveram um peso de 67% no investimento realizado, mas a serem os portugueses a concluírem o maior número de operações.

No segmento de hotelaria, os 3,2 milhões de hóspedes e as 7,7 milhões de dormidas nos primeiros dois meses do ano corresponderam a aumentos homólogos de 5% e 3%, respetivamente, com Lisboa e Porto a verificarem taxas de ocupação de 60% e 53%, pela mesma ordem.

Os preços diários Lisboa atingiu os 139 euros e o Porto 99 euros, com o RevPAR a ser 83 euros e 52 euros, respetivamente. No período em análise registaram-se 12 novas aberturas de estabelecimentos turísticos em Portugal, entre hotéis, apartamentos e aldeamentos que trouxeram mais 1.325 novas camas para o mercado.

Na habitação o contexto político e a incerteza macroeconómica provocaram um ligeiro abrandamento no mercado, que continua a ser marcado pelo desequilíbrio entre a oferta e procura. Em Lisboa, os valores médios de transação são de 4.490 euros/m2, com a Avenida da Liberdade a liderar no segmento mais elevado do mercado, com preços entre os 10.500 euros/m2 e os 11.000 euros/m2.

Já na cidade do Porto, o preço médio de venda é de 3.090 euros/m2, com o segmento prime a observar subidas em Matosinhos e Leça,
com o eixo da Foz/Aldoar a estabelecer o máximo de mercado neste segmento, em 7.500 euros/m2.

Nos escritórios a taxa de ocupação em Lisboa foi de 73.700 m2, numa subida expressiva de quase 300% do que no mesmo período de 2023, estando atualmente em construção 288 mil m2 de escritórios. No Porto, o take-up foi de 18 mil m2, um crescimento de 135% em comparação com o trimestre homólogo, estando em construção 98 mil m2 de novos escritórios.

No segmento de retalho verificou-se uma ligeira subida de 0,5%, com as rendas prime a fixarem-se nos 140 euros/m2 no comércio de
rua em Lisboa, 130 euros/m2 nos centros comerciais prime e 75 euros/m2 no comércio de rua do Porto.

Finalmente o mercado de industrial & logística ascendeu a 157 mil m2 (-20% do que no trimestre homólogo), mas ficando 40% acima da média dos últimos três anos, com cerca de 33% da ocupação na região de Lisboa, 32% no Porto e 35% no resto do país.