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Investimento em imobiliário comercial caiu para metade em 2023

No último ano o volume registado foi de 1.600 milhões de euros com os segmentos de hotelaria e retalho a serem responsáveis por 40% e 35%, respetivamente do investimento captado.
26 Março 2024, 13h54

O volume de investimento em imobiliário comercial registou um total de 1,6 mil milhões de euros em 2023, o que representou uma quebra de 50% face ao ano anterior, segundo os dados da 9ª edição do “The Property Handbook – a Real Estate Investment Guide”, elaborado pela consultora CBRE em parceria com a sociedade de advogados Vieira de Almeida (VdA).

Uma descida que este relatório explica que tem sido sentida pelo facto dos investidores estarem mais cautelosos e não pelo desempenho dos ativos. Do volume registado no último ano, os segmentos de hotelaria e retalho foram responsáveis por 40% e 35%, respetivamente do investimento captado.

Valores que se evidenciaram no alojamento turístico que registou 30 milhões de hóspedes e 77 milhões de dormidas, o que significou aumentos anuais de 13 % e 11% , respetivamente, tendo a cidade de Lisboa ganho 20 novos hotéis e para 2024, já estão previstos outras 20 unidades.

Já a cidade do Porto inaugurou mais de dez novos hotéis em 2023 e para 2024 estão já previstos outros 15. No segmento de retalho, em 2023, nota para a abertura de três retail parks e a abertura de 93 lojas em Lisboa e 67 no Porto.

No segmento da habitação, em 2023, foram vendidas menos 24% de casas face ao ano anterior, sendo que para 2024, prevê-se que “a trajetória de preços se mantenha em crescimento, com a possibilidade de ajustes devido a um enfraquecimento do mercado de vendas, impulsionado pelas taxas de juros”, aponta o estudo.

Francisco Horta e Costa, diretor-geral da CBRE Portugal, considera que “atualmente sentimos no mercado imobiliário um momento de alguma instabilidade e incerteza provocadas pelo contexto socioeconómico global. No entanto, existem várias classes de ativos que mantêm fundamentos sólidos e Portugal continua a ser um destino atrativo para investidores”.

Já Miguel Marques dos Santos, partner de Real Estate & Planning da VdA, refere que “apesar do contexto socioeconómico global, no segundo trimestre de 2023 voltámos a sentir um grande interesse por parte dos investidores estrangeiros no nosso mercado. Estamos convencidos que passámos de um ambiente de espera para um ambiente em que os investidores pretendem avançar com os processos e concretizar transações”.

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