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A importância do direito a férias para os trabalhadores e as organizações

Com o risco de burnout em crescimento, devido a multitasking, sobrecarga e pressão laboral, urge valorizar o direito a férias.
Chief Regional Officer Southwestern Europe & Latam da Gi Group Holding
16 Agosto 2023, 07h55

O cansaço que, por vezes, sentimos quando se aproximam os meses de verão será apenas um sinal de que precisamos de parar ou indicam algo mais preocupante? O primeiro passo será, certamente, gozar do direito a férias. Estas tornam-se indispensáveis para garantir work-life balance, salvaguardar a saúde dos trabalhadores e melhorar o desempenho individual e organizacional.

Afinal, só com uma verdadeira pausa podemos impedir a progressão da exaustão no trabalho e garantir o nosso bem-estar. Assim, todos ganham.

Gozar do direito a férias e garantir o bem-estar

Um trabalhador com pouca energia, que acusa sinais de cansaço, nunca será capaz de alcançar o seu potencial. Aliás, engana-se quem considera que as férias só beneficiam os trabalhadores. Ao encorajá-los a usufruírem do direito a férias, as empresas encontrarão múltiplos benefícios, nomeadamente:

  • Maior produtividade profissional;
  • Aumento da criatividade e da inovação;
  • Redução dos conflitos nas equipas;
  • Mais facilidade na resolução de problemas;
  • Renovação da motivação dos trabalhadores;
  • Melhoria da captação e retenção de talentos;
  • Incremento dos níveis de satisfação;
  • Minimização dos riscos de burnout e outras doenças incapacitantes.

Por todos estes motivos, é vital que as empresas respeitem verdadeiramente o direito a férias. Por exemplo, o que parece um simples envio de mensagens pode tornar-se prejudicial. Afinal, segundo a E-mail Intervention Campaign, 25% dos trabalhadores evitam férias e 34% já encurtaram o seu descanso devido a e-mails. Além disso, 88% concordam que a permissão para “desconectar” deveria estar explícita na política empresarial.

Mesmo respeitando o direito a férias, é preciso estar atento aos casos em que os trabalhadores continuam a manifestar um extremo cansaço mental no trabalho. Afinal, este pode revelar-se um motivo de alerta. Nestes casos, o melhor será apoiá-los na procura de assistência médica especializada no tratamento da síndrome de burnout.

férias

Burnout: uma crise internacional de saúde no trabalho

Do CEO ao estagiário, a síndrome de burnout revela-se um flagelo que ataca toda a hierarquia organizacional. O stress no trabalho pode facilmente tornar-se crónico, quando o nível de exigências supera a capacidade de as concretizar constantemente.

Não só os líderes, mas também as suas equipas devem estar sensibilizadas para o impacto negativo do stress na capacidade de liderança, na tomada de decisões, na regulação emocional, na velocidade de trabalho e até nos processos cognitivos.

Aliás, segundo um inquérito global da Microsoft, quase 50% dos trabalhadores e 53% dos líderes afirmaram sofrer de burnout, em 2022. Outro estudo, conduzido pela McKinsey, descobriu que quase um em cada três trabalhadores na Ásia apresenta sintomas de burnout, depressão e ansiedade no trabalho.

Nos EUA, um relatório da Capital One revelou ainda que 48% dos donos de pequenos negócios experienciaram burnout no mês anterior. Já em Portugal, o quinto país que mais horas trabalha na OCDE, mais de metade dos trabalhadores declara estar perto de sofrer de burnout, segundo o STADA Health Report 2022.

A dimensão deste problema de saúde laboral torna-se, portanto, preocupante e tenderá a agravar-se com despedimentos, multitasking e os novos desafios que se esperam no futuro do mercado de trabalho.

É, pois, importante apostar na prevenção. Valorizar o direito a férias e o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal será, certamente, um passo fundamental na construção de um mercado de trabalho mais saudável.

 

Rui Rocheta

Regional Head France, Iberia & Latam da Gi Group Holding

 

Este conteúdo patrocinado foi desenvolvido em colaboração com Gi Group Holding.

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