A Inapa, distribuidora de papel detida na sua maioria pela Parpública, comunicou junto da CMVM que deu entrada com o pedido de insolvência, uma situação que, como explica a empresa, “foi despoletada por uma carência pontual de tesouraria de curto prazo da subsidiária Inapa Deutschland”.
O pedido de insolvência da Inapa deu entrada esta segunda-feira no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste e deveu-se ao facto da Inapa Deutschland não ter conseguido suprir a carência de tesouraria de 12 milhões de euros, para a qual não foi encontrada nenhuma solução de financiamento até 22 de julho, prazo estabelecido pela lei alemã.
Explica a Inapa em comunicado que a apresentação à insolvência da Inapa Deutschland teve impactos imediatos na casa-mãe, tendo o Conselho de Administração da Inapa deliberado, também a 21 de julho, apresentar a Inapa à insolvência.
No final da semana passada, esperava-se que a Inapa tivesse procedido à entrega do pedido de insolvência, para dar tempo a que seja encontrada uma eventual solução que salve a empresa, incluindo a eventual proposta do grupo japonês JPP, apurou o JE.
O grupo JPP manifestou a intenção de avançar com uma proposta vinculativa para a compra da empresa, mas pediu que a administração da Inapa não avançasse na semana passada com o pedido de insolvência. A Parpública, maior acionista da Inapa, com cerca de 40 por cento do capital, estaria ao corrente das negociações com os japoneses.
No passado domingo, a Inapa, líder em Portugal na distribuição de papel e embalagens, anunciou que iria declarar insolvência “nos próximos dias”, de acordo com informação transmitida pelo grupo empresarial à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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