[weglot_switcher]

Inflação de novembro revista em baixa para 1,5%

Os produtos alimentares foram o segmento que mais contribuiu para a descida da inflação em novembro, embora beneficiando de um efeito base. Também os bens energéticos continuam a cair, ajudando o indicador de preços a tocar mínimos de dois anos.
14 Dezembro 2023, 11h07

A inflação portuguesa em novembro foi corrigida em baixa para 1,5% em termos homólogos, um mínimo de dois anos e que se traduz numa taxa em cadeia de -0,3%. A desinflação na economia nacional foi assim mais forte ainda do que estimado inicialmente, com o indicador a recuar mais 0,1 pontos percentuais (p.p.) do que na leitura rápida.

Tanto os produtos energéticos, como os alimentares abrandaram em relação ao mês anterior, colocando menos pressão nos preços depois de largos meses como os principais motores da inflação. O subindicador referente aos bens energéticos recuou 12,4% em termos homólogos, ou seja, mais do que os 12,1 do mês anterior, ao passo que os bens alimentares abrandaram para 3,5%, abaixo dos 4,0% registados em outubro.

Excluindo estas duas componentes, o indicador subjacente também abrandou significativamente, caindo de 4,8% para 3,6%.

O índice de preços no consumidor (IPC) está assim numa média de 5,0% nos últimos doze meses, mantendo-se em linha para fechar o ano dentro da previsão do Governo de 4,6%.

O azeite continua a ser o produto em destaque olhando não só para a evolução de preços, mas também para o contributo para o indicador de inflação. Depois de nova campanha fraca este ano nos países do Mediterrâneo, a pressão da elevada procura levou a um disparo de 10,24% em termos mensais em novembro, isto num produto que tem subido mais de 70% de preço desde o início do ano, segundo os dados da DECO Proteste.

Já o indicador de referência para as instituições europeias, o índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC), registou uma variação homóloga de 2,2%, o que se traduz num recuo em cadeia de 1,0%.

[notícia atualizada às 11h15]

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.