A taxa de inflação fixou-se em 2,2% no mês de abril, o que representa uma queda de 0,1 pontos percentuais (p.p.) em relação a março. A confirmação foi dada esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), depois do mesmo valor ter sido apontado pela estimativa rápida do gabinete.
Esta é a quarta leitura consecutiva acima de 2%, valor que chegou a ser quebrado no final de 2023, mas o indicador subjacente está a aproximar-se do objetivo de médio-prazo.
A leitura rápida havia apontado a 2,2%, valor agora confirmado que conseguido sobretudo à custa de novo abrandamento nos preços dos transportes (2,8% em abril depois de 4% em março), telecomunicações (abrandamento de 5,7% para 5,6%) e hotelaria/restauração (4,3% em abril face a 6,1% em março).
A ajudar, a deflação registada em alguns bens duradouros, como o mobiliário, fez-se sentir ainda mais intensamente, com esta categoria a abrandar 1,9% em abril depois dos 1,2% de março.
Em sentido inverso, os preços de alguns bens alimentares voltaram a acelerar: os bens alimentares não transformados voltaram a subir (0,3%) após terem ficado sem variação no mês anterior, ao passo que as bebidas alcoólicas e o tabaco subiram 3,3% depois de ficarem em 2,4% no mês anterior.
Ignorando estas categorias mais voláteis, o indicador subjacente, também conhecido como inflação core, ficou em 2%, o valor mais baixo em dois anos e em linha com o objetivo do Banco Central Europeu (BCE) para a inflação nominal no médio prazo. Esta descida ocorre após uma subida surpresa em março, quando o indicador interrompeu uma tendência de queda que se verificava há mais de um ano.
Em cadeia, a inflação de abril chegou a 0,5%, um abrandamento claro em relação à subida de 2% de março.
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