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Inflação, maioria absoluta e novos sindicatos fazem disparar greves

Nos primeiros cinco meses do ano, deram entrada mais de 700 pré-avisos de greve. O aumento do custo de vida e o fim da geringonça explicam a contestação social. E o novo paradigma salarial também tem pesado, defendem especialistas
Trabalhadores da Altice
Concentração de representantes dos sindicatos que compõem a Frente Sindical (SINTTAV, STPT; SNTCT, STT; Federação dos Engenheiros e SINQUADROS) e a comissão de trabalhadores da Altice Portugal, de protesto pela decisão da Altice Portugal de avançar com um despedimento coletivo
15 Julho 2023, 11h00

A contestação social está bem acesa e não deverá acalmar num futuro próximo. Dos transportes à educação, o ano de 2023 tem sido marcado por um disparo das greves, o que é explicado, dizem os especialistas, pelo aumento do custo de vida, pelo fim da geringonça e pela nova maioria absoluta dos socialistas, bem como pelo novo paradigma sindical, com a emergência de novas estruturas.

De acordo com os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), nos primeiros cinco meses do ano, foram apresentados 754 pré-avisos de greve. Ora, no mesmo período do último ano, tinham sido comunicadas menos de 500 paralisações, o que significa que houve agora um disparo de quase 67%. A explicar esta evolução das greves, há três motivos, identificam os especialistas.

 

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