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Inflação no Reino Unido subiu para 2,3% em outubro

Este valor vai de encontro as previsões dos analistas que apontavam para um crescimento homólogo acima dos 2%, tendo a inflação dos preços dos combustíveis descido dos -10,4% para os -13,7%.
20 Novembro 2024, 09h36

A inflação no Reino Unido registou uma subida homóloga de 2,3% em outubro, de 0,6 pontos percentuais (p.p.), provocado por uma aumento nas tarifas energéticas domésticas reguladas, indica o gabinete de estatísticas britânico esta quarta-feira.

Este valor fica ligeiramente acima da última previsão do Banco de Inglaterra e dos economistas ouvidos pela “Reuters” que apontavam para que o índice de preço do consumidor fosse de 2,2%.

James Smith, diretor de investigação do Resolution Foundation, refere à “Reuters” que esta subida era esperada, após as quedas dos preços da energia do ano passado.

Este aumento levou a inflação a máximos de seis meses e representou o maior aumento mensal da taxa anual desde o pico em outubro de 2022.

O Banco de Inglaterra aponta que o primeiro orçamento do novo governo britânico provavelmente aumentará a inflação no próximo ano e a ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas de importação abrangentes deverá aumentar a incerteza sobre as perspetivas.

Monica George Michail, economista do Instituto Nacional de Investigação Económica e Social do Reino Unido, acredita que as taxas de juro podem manter-se elevadas durante mais tempo, “decorrentes do orçamento recentemente anunciado, para além da elevada incerteza global, particularmente em torno da presidência de Trump”.

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