A inflação no Reino Unido registou uma subida homóloga de 2,3% em outubro, de 0,6 pontos percentuais (p.p.), provocado por uma aumento nas tarifas energéticas domésticas reguladas, indica o gabinete de estatísticas britânico esta quarta-feira.
Este valor fica ligeiramente acima da última previsão do Banco de Inglaterra e dos economistas ouvidos pela “Reuters” que apontavam para que o índice de preço do consumidor fosse de 2,2%.
James Smith, diretor de investigação do Resolution Foundation, refere à “Reuters” que esta subida era esperada, após as quedas dos preços da energia do ano passado.
Este aumento levou a inflação a máximos de seis meses e representou o maior aumento mensal da taxa anual desde o pico em outubro de 2022.
O Banco de Inglaterra aponta que o primeiro orçamento do novo governo britânico provavelmente aumentará a inflação no próximo ano e a ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas de importação abrangentes deverá aumentar a incerteza sobre as perspetivas.
Monica George Michail, economista do Instituto Nacional de Investigação Económica e Social do Reino Unido, acredita que as taxas de juro podem manter-se elevadas durante mais tempo, “decorrentes do orçamento recentemente anunciado, para além da elevada incerteza global, particularmente em torno da presidência de Trump”.
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