A zona euro registou uma inflação homóloga de 2,4% em dezembro, um ligeiro aumento em relação ao mês anterior e que traz o indicador de volta a máximos desde julho. A confirmar-se esta estimativa rápida do Eurostat, o bloco da moeda única terá fechado 2024 com uma inflação média de 2,37%, aproximando-se assim do objetivo de médio-prazo do Banco Central Europeu (BCE).
A subida em dezembro já era esperada pelos analistas e pelo próprio BCE, que havia comunicado nas últimas reuniões de política monetária de 2024 a forte probabilidade de novo aumento do indicador em termos homólogos fruto do fim de efeitos base favoráveis na comparação com os valores do ano anterior.
O fim destes efeitos base resultou na primeira subida dos preços dos bens energéticos desde julho, registando um aumento homólogo de 0,1%, o que compara com a descida de 2,2% no mês anterior. Por outro lado, a componente dos serviços voltou a acelerar, naquela que tem sido a batalha mais árdua do BCE contra a pressão inflacionista.
O sector terciário registou assim uma variação homóloga de 4%, uma subida de 0,1 pontos percentuais (p.p.) quando comparada com o mês anterior, que tinha vista um incremento de 3,9%.
Os bens alimentares mantiveram-se estáveis em relação à leitura de novembro, subindo 2,7% em comparação com igual mês do ano anterior.
Excluindo esta componente e a energética, a taxa de inflação subjacente ficou em 2,7% pelo terceiro mês seguido, sinalizando alguma estabilidade na trajetória implícita da inflação.
Portugal registou uma variação em dezembro acima da média da zona euro, com 3,1%, isto apesar de a variação mensal até apontar para uma descida dos preços de 0,3%. A Croácia, o membro mais recente da moeda única, registou a inflação homóloga mais elevada do bloco em dezembro, com 4,5%, enquanto a Irlanda registou a mais baixa, com 1%.
[notícia atualizada às 11h10]
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