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Influência da geração Z na economia mundial já ultrapassa as suas predecessoras

Os zillennials (jovens nascidos entre 1996 e 2016) são a geração que terá o maior crescimento de receita, de acordo com o Bank of America. Atualmente, geram receitas de 7 mil milhões de dólares (5,8 mil milhões de euros) em todo o mundo. Em 2025, o número aumentará para 17 mil milhões de dólares (14,3 mil milhões de euros), à medida que progridem nas suas carreiras. Em 2030, as receitas geradas ultrapassarão os 27 mil milhões de dólares (27,8 mil milhões de euros), o que representará 27% da receita global.
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20 Novembro 2020, 16h08

De acordo com o Bank of America (BofA), a geração Z também conhecida por ‘zillennials’ é a que terá maior impacto no crescimento de receitas no que toca à economia a nível planetário. Atualmente os zillennials geram receitas de 7 mil milhões de dólares (5,8 mil milhões de euros) em todo o mundo, com os especialistas a preverem que a cifra aumente para os 17 mil milhões de dólares (14,3 mil milhões de euros), segundo o “El Economista”.

Segundo especialistas citados pelo “El Economista”, a última geração a entrar no mundo do trabalho popularizou as preocupações pelo meio ambiente, saúde e ativismo. “A revolução da Geração Z está a começar”, dizem os especialistas do banco de investimento e pela primeira vez em muito tempo uma nova geração obrigará os mais veteranos a “adaptarem-se a eles e não ao contrário”, devido à sua sinergia com as novas tecnologias e à capacidade económica futura.

Os zillennials (jovens nascidos entre 1996 e 2016) são a geração que terá o maior crescimento de receita, de acordo com o Bank of America. Atualmente, geram receitas de 7 mil milhões de dólares (5,8 mil milhões de euros) em todo o mundo. Em 2025, o número aumentará para 17 mil milhões de dólares (14,3 mil milhões de euros), à medida que progridem nas suas carreiras. Em 2030, as receitas geradas ultrapassarão os 27 mil milhões de dólares (27,8 mil milhões de euros), o que representará 27% da receita global, tornando-se o grupo populacional mais influente para a economia e ultrapassando a geração dos millennials.

O rápido crescimento do poder de compra dos zillennials levará a mudanças profundas no consumo. Os setores automobilístico, de transporte e de alimentação terão de se adaptar às suas preferências para não serem prejudicados. A grande maioria dos jovens da geração Z, restringe o consumo de carne e rejeita o consumo de álcool. Eles têm prazer em confiar nas oportunidades que a tecnologia oferece para gerir as suas finanças, e estão mais adaptados ao distanciamento físico. 40% preferem interagir virtualmente com os seus amigos em comparação com 35% da geração Y ou 30% da geração X.

Essas preferências refletem-se em mudanças profundas no consumo. O BofA observa que 31% da Geração Z acredita que pedir um carro emprestado é desnecessário, em comparação com cerca de 25% da geração dos millennials. Além disso, enquanto 41% dos millennials dizem estar a pensar em comprar um carro no próximo ano, apenas 31% dos jovens de 18 a 24 anos compartilham da ideia.

Para o setor automóvel, isso significará uma profunda mudança de paradigma. 31% dos zillennials estão dispostos a utilizar carros autónomos, e as estatísticas já demostram que nos Estados Unidos há cada vez menos interesse em obter carta de condução.

O álcool também não se encaixa na vida saudável que uma parte importante da Geração Z idealiza. A maioria diz que não bebe tanto quanto as gerações anteriores. A metade que tem idade legal para beber diz que não o faz, em comparação com os 31% da geração dos millennials. Os especialistas destacam que as empresas de alimentos, bebidas e fumo terão de se adequar às suas preferências, sendo mais saudáveis, utilizando menos açúcar ou álcool. Esta situação estende-se ao setor de transportes e lazer, citando “a vergonha de voar” e ao setor têxtil pela rejeição do “fast fashion”.

A nova hegemonia dos Zillennials beneficiará principalmente a região da Ásia-Pacífico. Nove em cada dez vivem em mercados emergentes, com a Índia a representar cerca de 20% do total. Países como México, Filipinas e Tailândia também estão entre os mais beneficiados.

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