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Iniciativa Liberal diz que dados da Covid-19 “justificam continuação do desconfinamento”

Após ter estado reunido com o Presidente da República, João Cotrim Figueiredo defendeu que é “urgente” acelerar a testagem e a vacinação, para que o país volte à normalidade, e disse que manter o teletrabalho até ao final do ano é “claramente abusivo”.
  • Manuel de Almeida/LUSA
13 Abril 2021, 15h38

O Iniciativa Liberal considerou esta terça-feira que estão reunidas condições para avançar para a terceira fase de desconfinamento, com a reabertura de restaurantes, cafés, lojas e centros comerciais. O partido liderado por João Cotrim Figueiredo defendeu que é “urgente” acelerar a testagem e a vacinação, para que o país volte à normalidade, e que manter o teletrabalho até ao final do ano é “claramente abusivo”.

“Os dados [revelados pelos especialista na reunião do Infarmed] são positivos e justificam a continuação do desconfinamento. Não só os dados são bons per si mas porque temos o acompanhamento desses dados com um maior número de testagem”, afirmou o presidente do Iniciativa Liberal, após ter estado reunido por videoconferência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Segundo João Cotrim Figueiredo, os dados mostram que a abertura das escolas “não parece ser um problema do ponto de vista da propagação da pandemia”, tendo em conta que revelaram uma “taxa baixíssima de resultados positivos”. Está confiante, por isso, na reabertura de novos ciclos de ensino prevista para a próxima segunda-feira (ensino secundário e ensino superior). “Não é a escola que é um problema mas sim toda a atividade à volta das escolas, que tem de continuar a ser objeto das maiores contenções”, disse.

O deputado único e líder do Iniciativa Liberal disse também que é “crucial” acelerar os planos de testagem, rastreio e, sobretudo, de vacinação, porque, “a partir de meados deste mês” de abril, o país deverá ter “vacinas suficientes para ter ritmos diários de vacinação muito muito superiores ao que tem tido até agora”.

João Cotrim Figueiredo chamou ainda a atenção para um dado revelado na reunião do Infarmed de que “42% dos portugueses dizem ter dificuldade em cumprir medidas associadas ao teletrabalho” e insistiu que a decisão do Governo de prolongar o teletrabalho até ao final do ano é incompreensível e “claramente abusiva”. Anunciou ainda que vai pedir a fiscalização sucessiva do diploma, entretanto promulgado por Marcelo Rebelo de Sousa.

“Tornar obrigatório até ao final do ano, quer para as empresas como as pessoas individualmente consideradas, é algo que não compreendemos. Achamos, aliás, que não há cobertura constitucional para obrigar pessoas a trabalhar em casa ou para obrigar empresas a trabalhar nessas condições”, referiu.

O Iniciativa Liberal, que votou sempre contra o estado de emergência, foi o primeiro partido a reunir com Marcelo Rebelo de Sousa. Seguem-se o Chega (às 15h00), PEV (15h30), PCP (16h30), Bloco de Esquerda (17h00), PAN (17h15), PSD (17h30), CDS-PP (18h00) e PS (18h30).

A confirmar-se a renovação do estado de emergência, Marcelo Rebelo de Sousa deverá receber o parecer do Governo e enviar de seguida o projeto de decreto para a Assembleia da República, que já tem prevista a discussão e votação do decreto às 15h00 de quarta-feira.

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