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Iniciativa Liberal Madeira disponível para negociar com Governo mas diz que diálogo já devia ter acontecido

“Fizemos uma reunião em conjunto, cada um disse ao que vinha, muito rapidamente, na perspetiva de que temos uma postura, ao contrário de outros, dialogante e na possibilidade de podermos nos ouvir e ouvir os outros e foram marcadas reuniões parciais com cada um dos partidos”, indicou o líder da Iniciativa Liberal, Nuno Morna, no final do encontro com o executivo madeirense.
25 Junho 2024, 12h03

O líder da Iniciativa Liberal Madeira, Nuno Morna, mostrou-se disponível para o diálogo com o executivo madeirense depois da reunião que se realizou na segunda-feira com o intuito de se chegar a um novo Programa de Governo que esteja em condições de ser aprovado pela Assembleia Regional.

O executivo madeirense, representado pelo secretário regional da Educação, Jorge Carvalho, pelo chefe de gabinete do presidente do Governo Regional, Rui Abreu, e pelo secretário regional das Finanças, Rogério Gouveia, esteve reunido com todos os partidos com assento parlamentar, na segunda-feira, com exceção do PS e o JPP, que rejeitaram o convite, para negociar a aprovação do Programa do Governo.

“Fizemos uma reunião em conjunto, cada um disse ao que vinha, muito rapidamente, na perspetiva de que temos uma postura, ao contrário de outros, dialogante e na possibilidade de podermos nos ouvir e ouvir os outros e foram marcadas reuniões parciais com cada um dos partidos”, indicou Nuno Morna, no final do encontro, em declarações aos jornalistas.

A IL apresentou-se na reunião com uma “postura de diálogo, de abertura”, estando disponível para haver cedências de ambos os lados e “fazer aquilo que devia ter sido feito no início e não foi feito, que é falar com as diferentes forças políticas, no sentido destas apresentarem aquilo que são as suas ideias”, realçou o deputado liberal.

De acordo com Nuno Morna, a reunião serviu para definir uma metodologia de trabalho, tendo ficado agendadas reuniões com os partidos com assento parlamentar, à exceção do PS e do JPP, para quarta e quinta-feira.

Sobre o sentido de voto das forças políticas, o deputado disse que isso não esteve em questão neste encontro.

“Os partidos que estiveram presentes disseram que estão na disponibilidade de conversar para enriquecer e apresentar as suas propostas em relação ao Programa do Governo”, acrescentou.

“A política é isto, a política é diálogo. Por maiores que sejam as diferenças, e nós temos diferenças brutais com o partido do Governo, nada pode impedir que sejamos dialogantes e que as diferentes partes conversem umas com as outras”, reforçou Nuno Morna.

Na quarta-feira, o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, anunciou a retirada do Programa do Governo da discussão que decorria no parlamento madeirense, com votação prevista para o dia seguinte, quinta-feira.

O documento seria chumbado, uma vez que PS, JPP e Chega, que somam um total de 24 deputados dos 47 que compõe o hemiciclo, anunciaram o voto contra.

Nas eleições regionais antecipadas de 26 de maio, o PSD elegeu 19 deputados, ficando a cinco mandatos de conseguir a maioria absoluta (para a qual são necessários 24), o PS conseguiu 11, o JPP nove, o Chega quatro e o CDS-PP dois, enquanto a IL e o PAN elegeram um deputado cada.

Já depois das eleições, o PSD firmou um acordo parlamentar com os democratas-cristãos, ficando ainda assim aquém da maioria absoluta. Os dois partidos somam 21 assentos.

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