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INOVA+ 2024 distingue nove projetos nacionais de inovação

Saúde, sustentabilidade e Inteligência Artificial são as áreas em destaque. Investigadora Catarina Paquete, a empresa Surgeon Mate e a Universidade de Aveiro foram as distinguidas.
3 Outubro 2024, 11h00

As investigadora Catarina Paquete (ITQB NOVA), a empresa Surgeon Mate e a Universidade de Aveiro são os grandes vencedores do Prémio INOVA+2024. Em cada categoria, o primeiro classificado receberá um prémio pecuniário de 5 mil euros, enquanto o segundo e o terceiro terão acesso a serviços de consultoria especializada no valor de 2,5 mil euros.

O Prémio INOVA+ é organizado pela consultora e tem como parceiros a Agência Nacional da Inovação (ANI), a Associação Industrial Portuguesa (AIP), o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e a Direção-Geral das Artes (DGArtes).

Criado em 2022 para assinalar o seu 25º aniversário da consultora o Prémio INOVA+ alcançou, na sua segunda edição, um crescimento assinalável traduzido em mais de 340 manifestações de interesse e 80 candidaturas.

“O Prémio INOVA+ 2024 teve como grande novidade a criação de uma categoria destinada a projetos de inovação pública, cruzando arte e ciência e/ou tecnologia. Os vencedores da categoria Cidades Criativas foram decididos através de uma votação online que suscitou um grande interesse e envolvimento do público, somando mais de 270 mil votos”, refere a organização em comunicado.

O pódio dos vencedores das categorias de inovação científica, empresarial e pública é completado, respetivamente, pelos investigadores Vicente Garção (Instituto de Telecomunicações – Técnico Lisboa) e Vitor Gaspar (CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro), pelas empresas Nevaro e BestHealth4U, assim como, nas entidades públicas, pela Junta de Freguesia de Santo António (Lisboa) e Câmara Municipal de Coimbra.

Nas categorias de Inovação Empresarial e Inovação Científica, os vencedores foram apurados por deliberação do júri, que reuniu representantes do mundo académico e empresarial. O painel de jurados foi constituído por Eurico Neves, Chairman da INOVA+ e por representantes das entidades parceiras do Prémio INOVA+ 2024: Diogo Gomes de Araújo, (ANI), Benvinda Catarino (AIP), Paulo Jorge Ferreira (CRUP), Maria de Fátima Nunes de Carvalho (CCISP) e Bruno Coelho (DGArtes).

A solução SurgeonMate Ecosystem consiste num ecossistema entre dois produtos: os SM Vision e a SM Library. Os SM Vision são Smartglasses equipados com tecnologia AI recorrendo ao uso de smart vision e de uma câmara 4K, ativada e controlada por comandos de voz que captam o ponto de vista do utilizador, permitindo-lhe trabalhar com as mãos livres e ainda registar exatamente o que está a fazer. A SM Library é um portfolio inteligente utilizando algoritmos de Inteligência Artificial (CNN) e Machine Learning, que permite a criação de uma biblioteca médica e o armazenamento inteligente de conteúdos multimédia e dados clínicos num serviço cloud.

O segundo classificado foi a Nevaro. A app HOLI pretende constituir-se como um Personal Trainer para a saúde mental em contexto de trabalho. A aplicação faz a avaliação do risco de burnout, e recomenda estratégias baseadas em técnicas de psicologia positiva clinicamente validadas. Através do microfone do smartphone, é adquirida a frequência respiratória do utilizador, o que ajuda a personalizar o exercício recomendado. A aplicação fornece ainda relatórios sobre a evolução do estado geral da saúde mental do utilizador.

O terceiro classificado foi a BestHealth4U. O adhesive AI é uma solução que combina um penso inteligente com biossensores integrados e um portal e aplicação móvel com recurso a Inteligência Artificial. Os biossensores são capazes de avaliar vários parâmetros importantes no leito da ferida. Os dados recolhidos são processados por um algoritmo que prevê o estado de cicatrização das feridas, apresentando a informação no portal e/ou app móvel.

Catarina Paquete (ITQB NOVA) ganhou com o projeto BIOELETRA. O projeto consiste na modificação genética da bactéria Bioeletra para se tornar mais eletroativa em co-culturas, permitindo o avanço na implementação de sistemas bioeletroquímicos, para o tratamento eficiente de águas residuais, com potencial de geração de energia renovável no processo. Esta solução contribuirá para enfrentar os desafios atuais da sociedade, como o crescimento populacional, a escassez de água potável e a necessidade de energia sustentável.

Nos projetos vencedores, o primeiro classificado foi o EDUCITY, da Universidade de Aveiro. O projeto visa contribuir para a sustentabilidade da cidade de Aveiro, criando um ambiente inteligente de aprendizagem. É suportado por uma app móvel com jogos para serem explorados em passeios pela cidade. Estes jogos são cocriados pela comunidade escolar, académica e geral e integram recursos em Realidade Aumentada, como simulações com base em dados de sensores ambientais, animações 3D, spots informativos, entre outros.

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