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Integração do Credit Suisse no UBS estará concluída antes do final de setembro

O presidente-executivo do UBS, Sergio Ermotti, afirmou esta quarta-feira que a integração do Credit Suisse na estrutura nacional do UBS estará concluída antes do final de setembro.
EPA/MICHAEL BUHOLZER
24 Abril 2024, 18h43

O presidente-executivo do UBS, Sergio Ermotti, afirmou hoje que a integração do Credit Suisse na estrutura nacional do UBS estará concluída antes do final de setembro.

O gestor do segundo maior banco da Europa a nível da capitalização bolsista falava na assembleia geral de acionistas que se realiza hoje em Basileia, na Suíça.

Para completar este processo, que começou com a aquisição do Credit Suisse em março de 2023, são ainda necessárias “medidas de reestruturação e otimização”, disse Ermotti, sublinhando que 2024 é um ano decisivo para o UBS atingir os seus objetivos de desenvolvimento.

A integração do Credit Suisse, que foi adquirido a pedido do Governo suíço para o salvar da falência, “é uma maratona e não um sprint”, afirmou Ermotti no discurso aos acionistas do banco, que após a fusão se tornou no segundo maior da Europa em termos de capitalização bolsista.

Já a integração no mercado suíço, advertiu, poderá implicar “o sacrifício de uma parte da rendibilidade e do crescimento declarados a curto prazo”, embora a operação “reforce a qualidade, a estabilidade e o potencial de ganhos a longo prazo”.

Um dos passos a dar no complexo processo de fusão, que Ermotti foi encarregado de realizar quando foi nomeado CEO, poucos dias depois da aquisição do Credit Suisse, será, segundo o gestor, a conversão das atividades norte-americanas das duas instituições numa única entidade antes de meados deste ano.

A partir do segundo semestre de 2024, o objetivo será a liquidação das antigas plataformas do Credit Suisse, um processo que “continuará em 2025, antes de nos aproximarmos da nossa posição-alvo em 2026”, disse.

A reunião de 2024 é menos controversa do que a do ano passado, quando a então recente aquisição do Credit Suisse suscitou numerosos protestos dos acionistas contra o risco assumido pelo banco UBS.

Desta vez, no entanto, as preocupações dos acionistas também vieram ao de cima, especialmente depois de o Governo suíço ter lançado novas medidas para reforçar o seu sistema financeiro e evitar potenciais problemas nos seus grandes bancos, obrigando-os a aumentar o seu próprio rácio de liquidez.

Os cálculos dos analistas indicam que esta adaptação às medidas que Berna está a tomar para evitar a repetição de crises graves como a do Credit Suisse no ano passado poderia custar ao UBS 15 a 25 mil milhões de dólares (14 a 23 mil milhões de euros).

Os acionistas estão igualmente preocupados com os valores recebidos por Ermotti em 2023, no montante de 14,7 milhões de euros em salários e bónus, que o tornaram no banqueiro mais bem pago da Europa, apesar de só ter assumido a direção do UBS em abril.

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