A presença digital das empresas portuguesas continua a crescer rapidamente, impulsionada pela adoção de estratégias digitais e inovações, como a Inteligência Artificial (IA).
O mais recente estudo “Economia Digital em 2024”, divulgado pela Associação de Economia Digital em Portugal (ACEPI) em parceria com o .PT e a IDC, revela que 17% das empresas em Portugal já incorporaram práticas de IA, um número que é mais do dobro da média europeia.
Essa adoção da IA não só aumenta a competitividade e resiliência no mercado, mas também tem um impacto significativo no comércio online, que deverá atingir 153 mil milhões de euros este ano.
Alexandre Nilo Fonseca, Presidente da ACEPI, destaca a importância do investimento em competências digitais e a necessidade de reforçar os fundos nesta fase final do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Revela que “em Portugal, 22% das verbas do PRR foram direcionadas para priorizar a transformação das empresas e a modernização da administração pública. O retorno desse investimento tem sido notório e, como se pode observar em muitos dos indicadores deste estudo, Portugal destaca-se como um exemplo para a União Europeia. No entanto, é necessário criar mais mecanismos para acelerar a transição digital a um maior número de empresas nacionais”, acrescenta Alexandre Nilo Fonseca.
O estudo mostra que 70% das pequenas e médias empresas já utilizam a internet com alguma intensidade digital, e 17% dessas empresas estão a usar IA para otimizar a eficiência e automatizar processos. A adoção de uma abordagem omnicanal tem sido uma resposta às novas tendências de consumo, à medida que os clientes valorizam cada vez mais as opções digitais.
A ACEPI também apontou que, apesar dos desafios, como a proteção de dados, o impacto da IA é positivo em áreas como educação, saúde e negócios. É defendido que não devem ser impostas barreiras à inovação, pois estas tecnologias são essenciais para tornar a economia mais resiliente num contexto global.
Em relação aos consumidores, o estudo revela que 85% dos portugueses utilizam a internet diariamente, principalmente através de smartphones, e que mais de metade (54%) prefere fazer compras online. O método de pagamento mais popular entre os consumidores online é a referência multibanco (50%), seguido pelo MB Way (42%).
Lisboa destaca-se nas compras online, com uma taxa de 62%, enquanto as regiões das ilhas e o norte ficam abaixo da média. As categorias mais compradas incluem roupa, calçado e acessórios. Com a digitalização a moldar o futuro do comércio e dos negócios, é cada vez mais evidente a necessidade de investir em uma economia digital que promova a competitividade e inovação em Portugal, sublinha a Associação de Economia Digital em Portugal (ACEPI) .
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