O processo de internacionalização dos jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) foi acompanhado pela tutela, no caso, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, garantiu esta quarta-feira, o ex-provedor Edmundo Martinho na Comissão do Trabalho, Segurança Social e Inclusão. Acompanhamento esse que se iniciou ainda no tempo do ministro Vieira da Silva, esclareceu.
Edmundo Martinho começou por explicar que o projeto de internacionalização denominado 5.30 surgiu como necessidade de manter equilibradas as contas da instituição. Recordou que apenas 27% das receitas são oriundas dos jogos sociais sendo as restantes conseguidas na prestação de serviços e na exploração do património.
Na altura, os jogos sociais quase pararam, enquanto os jogos online iam-se afirmando, levando a que hoje as receitas tenham diminuído cerca de 30 milhões relativamente a 2019.
O projeto começou pela Europa. Segundo o antigo provedor, houve uma tentativa de a SCML concorrer à privatização da lotaria em Inglaterra e em França, mas a instituição teve de se afastar por “não ter escala a nível internacional”.
Em Moçambique havia já uma experiência empresarial com a empresa Sojogo, em parceria com uma associação local, mas sem impacto, referiu. O Brasil mostrava-se, então uma oportunidade, uma vez que o mercado ainda não estava regulado. O projeto avançou, mas o Tribunal Federal acabou por impedir que existisse um projeto de exploração de jogos de âmbito federal. Em suma, os projetos foram-se gorando. Quando começava a explicar o que se passou no Brasil, o antigo provedor foi interrompido para dar a palavra aos deputados.
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