O InvestEU, fundo europeu criado para estimular o investimento na União Europeia (UE), já mobilizou, desde a sua criação em 2021, 218 mil milhões de euros em investimentos nomeadamente em energias renováveis, como parques eólicos flutuantes em Portugal.
“A meio do seu período de vigência, o InvestEU já está a desempenhar um papel fundamental ao desbloquear 218 mil milhões de euros de investimento para uma UE mais sustentável e competitiva”, com 65% das verbas a serem provenientes de privados, indica a Comissão Europeia em comunicado hoje divulgado.
No dia em que publica um relatório de balanço sobre o programa, a meio do seu período de vigência que se estende até 2027, a instituição especifica no documento que alguns dos projetos apoiados dizem respeito ao desenvolvimento de energias renováveis, “como a assistência à preparação do leilão de 10 gigawatts para parques eólicos offshore flutuantes em Portugal, a ajuda à descarbonização do aprovisionamento energético nas ilhas gregas e a facilitação do desenvolvimento de sistemas de armazenamento de energia em baterias na Bulgária”.
Numa altura em que 90% da garantia da UE usada para este fundo já foi alocada, o executivo comunitário salienta que “a avaliação intercalar confirma o papel essencial do programa para colmatar as lacunas de investimento nas prioridades políticas estratégicas da UE e mobilizar investimentos privados e públicos”.
“O InvestEU prestou um apoio sólido à economia da UE através de uma vasta gama de soluções financeiras e de aconselhamento em todos os principais domínios de intervenção da UE, como os investimentos na produção de energias renováveis, na indústria transformadora limpa e na competitividade das pequenas e médias empresas. Também demonstrou flexibilidade em resposta a várias crises, abordando prioridades políticas emergentes e necessidades de investimento”, adianta Bruxelas.
Criado em 2021 após ter sido proposto em 2018, o InvestEU junta 14 instrumentos financeiros e iniciativas de aconselhamento da UE, anteriormente geridos de forma independente, num fundo único para dar impulso adicional ao investimento, à inovação e à criação de emprego na Europa.
Até 2028, o programa visa mobilizar mais de 372 mil milhões de euros em investimentos públicos e privados adicionais, utilizando uma garantia orçamental da UE (no âmbito do orçamento europeu a longo prazo 2021-2027) de 26,2 mil milhões de euros para ajudar a financiar a transição ecológica, digital e social.
Esta garantia apoia os investimentos dos parceiros de execução do InvestEU, como o Grupo do Banco Europeu de Investimento (BEI) e outros bancos públicos internacionais e nacionais, aumentando a sua capacidade de absorção de riscos.
De momento, segundo a Comissão Europeia, a execução do programa “está bastante avançada”, já que os dados de hoje indicam que 90% da garantia disponível da UE foi afetada aos 16 parceiros de execução, o BEI, instituições financeiras internacionais e os bancos e instituições de fomento nacionais.
Porém, “a avaliação também conclui que o orçamento disponível é insuficiente em comparação com a elevada procura do mercado e as necessidades de investimento significativas, exigindo reforços orçamentais”, admite ainda a instituição europeia.
Além de investimentos ‘verdes’ e digitais, estão em causa projetos de tecnologias emergentes (como espaço, semicondutores, economia azul ou computação quântica) e iniciativas de empresas europeias em fase de arranque.
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