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Irão dá “verdadeira oportunidade à diplomacia” com conversações com Estados Unidos

“Com seriedade e franca vigilância, estamos a dar uma verdadeira oportunidade à diplomacia”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano Ismail Baghaei, na rede social X.
11 Abril 2025, 13h46

O Irão declarou hoje que está a dar “uma verdadeira oportunidade à diplomacia”, com as conversações de sábado sobre o programa nuclear iraniano, em Omã, com os Estados Unidos, que devem valorizar a decisão.

“Com seriedade e franca vigilância, estamos a dar uma verdadeira oportunidade à diplomacia”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano Ismail Baghaei, na rede social X.

O diplomata afirmou que Washington deve valorizar esta decisão que Teerão está a tomar, apesar da atitude “de confronto” dos Estados Unidos.

O Presidente norte-americano Donald Trump tem ameaçado bombardear o país persa se um acordo nuclear não for alcançado.

“Não fazemos juízos prévios… não fazemos previsões… tencionamos avaliar a intenção e a determinação da outra parte este sábado. Vamos refletir e responder em conformidade”, notou Baghaei.

O Irão e os Estados Unidos, que não têm relações diplomáticas, vão manter contactos em Omã para negociar o programa nuclear iraniano, conversações que “serão diretas”, de acordo com Trump.

Teerão insiste, por seu lado, que estas negociações terão lugar de forma indireta, através de mediadores.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, vai representar o Irão e, do outro lado da mesa, estará o enviado especial dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff.

Trump, que regressou ao poder em janeiro e está empenhado numa política de “pressão máxima” sobre a República Islâmica, apelou para a abertura das negociações com Teerão sobre o programa nuclear iraniano e ameaçou bombardear o país se não for alcançado um acordo.

Durante o primeiro mandato (2017-2021), Trump retirou os EUA de um acordo assinado em 2015 entre o Irão e outras potências, que estabelecia limites rigorosos às atividades nucleares de Teerão, em troca de um alívio das sanções económicas.

Desde então, o Irão tem vindo a enriquecer urânio muito acima do que era permitido ao abrigo do extinto acordo e já tem 274 quilogramas enriquecidos a 60% de pureza, perto do valor de 90% necessário para uso militar, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atómica.

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