ISEG revê em baixa estimativas de crescimento do PIB para este ano

Na Síntese Conjuntura referente ao mês de novembro de 2021, que analisa vários parâmetros, nomeadamente a Confiança e Clima Económico, a Produção Industrial, o Volume de Negócios nos serviços, no Comércio a retalho, entre outros, os economista do ISEG reviram em baixas as estimativas de crescimento económico para Portugal, este ano. Tudo por causa das novas restrições em face da nova variante de Covis-19, a Ómicron.

Com o agravar da pandemia no final de novembro, o ISEG está mais pessimistas do que o Governo nas previsões de crescimento do PIB.

“Com a informação atualmente disponível e as condicionantes algo limitativas da nova vaga da pandemia, espera-se que no 4º trimestre de 2021 o PIB possa vir a crescer entre 4,5% e 5,1% em relação ao trimestre homólogo e entre 0,6% e 1,2% em relação ao trimestre anterior”, diz o ISEG.

“Para a totalidade do ano, a crescimento do PIB é revisto em baixa para valores entre 4,3% a 4,5%”, revela o instituto de ensino superior.

O crescimento do PIB entre 4,3% a 4,5% representa uma revisão em baixa face ao anterior intervalo de crescimento que antevia para o conjunto de 2021 entre 4% e 5%. O Governo estima que a economia cresça este ano 4,8%.

“Em novembro, com o desencadear da crise política, mas ainda sem o impacto da nova vaga da pandemia, os indicadores de confiança setoriais tiveram evoluções mistas: a confiança desceu de forma significativa entre os consumidores e na construção, mas ainda subiu de forma ligeira no comércio a retalho, indústria e serviços”, refere o ISEG que acrescenta que n Área Euro, onde a nova vaga da pandemia se iniciou mais cedo, o indicador de Sentimento Económico decresceu em novembro de forma ligeira enquanto a confiança dos consumidores desceu de forma mais acentuada.

O ISEG recorda que a estimativa preliminar do INE, no 3º trimestre de 2021 refere que o PIB português cresceu, em volume, 4,2% em termos homólogos e 2,9% face ao trimestre anterior. No trimestre, a variação homóloga da Procura Interna foi de 4,6%, com crescimentos de 4,6% do Consumo Privado, 3,7% do Consumo Público e 5,8% do Investimento. A contribuição da Procura Externa Líquida foi negativa (-0.5 p.p.) para a variação homóloga do PIB e positiva (1,8 p.p.) para a variação em cadeia.