O ministro israelita das Finanças aprovou esta sexta-feira o confisco de mais 800 hectares de terras palestinianas na Cisjordânia, uma decisão que irá servir para a construção de mais colonatos considerados ilegais pela lei internacional, uma das premissas da ocupação militar dos territórios palestinianos.
A decisão foi anunciada na sexta-feira por Bezalel Smotrich, ministro das Finanças israelita, no mesmo dia em que Anthony Blinken, secretário de Estado dos EUA, visitava a região. O ministro sublinhou a determinação do país em continuar a construir colonatos na Palestina apesar da pressão internacional para interromper esta política.
“Apesar daqueles que, em Israel e pelo mundo, procuram minar o nosso direito à Judeia e Samaria [nomes bíblicos da Cisjordânia], continuaremos a promover colonatos através de trabalho árduo e de forma estratégica por todo o país”, afirmou Smotrich, ele mesmo um colono em Kedumim, na Cisjordânia.
Os EUA e a UE têm procurado frisar a necessidade de Israel aderir à lei internacional nesta matéria, dado que a promoção de colonatos promove a instabilidade na região ao inviabilizar, em termos práticos, qualquer aspiração a um Estado palestiniano. Esta é ainda a maior apreensão de terras palestinianas desde os Acordos de Oslo assinados em 1993.
O ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano classificou a decisão israelita como “um crime” enquadrado numa “estratégia oficial contra o tempo para anexar a Cisjordânia e eliminar a possibilidade de criar um Estado Palestiniano”.
“Não há morais, valores ou resoluções internacionais que possam travar a direita extremista”, afirmou o Ministério em comunicado, criticando ainda a inação da comunidade internacional, que serve como “cumplicidade e cobertura à contínua evasão à responsabilidade” por parte de Telavive.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com