A administração do porto de Eilat, no sul de Israel, está a avançar com o despedimento de metade da sua força laboral, procurando acomodar as perdas assinaláveis que tem vindo a acumular desde que os houthis do Iémen anunciaram um bloqueio do Mar Vermelho em resposta à agressão militar em Gaza.
A notícia foi avançada esta quarta-feira em vários órgãos de comunicação social locais depois do anúncio pelo sindicato Histadrut de que 60 dos 120 trabalhadores do porto tinham sido notificados do seu despedimento iminente. O sindicato, que abrange trabalhadores de vários sectores públicos, fala em aproveitamento pela gestão da tensão causada pela guerra.
Em resposta, os trabalhadores organizaram um protesto à entrada do porto no mesmo dia.
Em dezembro, o diretor executivo do porto situado no sul do país confirmou à Reuters uma queda de cerca de 85% do tráfego na sequência dos ataques dos houthis no Mar Vermelho. A milícia xiita iemenita decretou um bloqueio marítimo a quaisquer embarcações com ligações a Israel, tendo perturbado seriamente o trânsito naquela região.
Perante estas perturbações, a direção do porto tinha esperança que a coligação internacional liderada pelos EUA resolvesse a situação, mas tal não sucedeu. Recorde-se que, apesar da campanha de ataques aéreos liderada pelos responsáveis norte-americanos, os houthis continuam a atacar navios ocidentais no Mar Vermelho.
O porto de Eilat é o terceiro mais importante para a economia israelita, atrás de Haifa e Ashdod, sendo utilizado sobretudo no comércio internacional de automóveis e componentes. No entanto, oferece ao país uma rota com o Oriente sem necessitar de navegar o canal do Suez.
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