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Israel: Porto de Eilat vai despedir metade dos trabalhadores devido a bloqueio no Mar Vermelho

O porto no sul do país não é o mais relevante em termos económicos, mas o bloqueio decretado pelos houthis no Mar Vermelho fez praticamente colapsar o seu tráfego. Trabalhadores falam em aproveitamento pela gestão.
21 Março 2024, 11h40

A administração do porto de Eilat, no sul de Israel, está a avançar com o despedimento de metade da sua força laboral, procurando acomodar as perdas assinaláveis que tem vindo a acumular desde que os houthis do Iémen anunciaram um bloqueio do Mar Vermelho em resposta à agressão militar em Gaza.

A notícia foi avançada esta quarta-feira em vários órgãos de comunicação social locais depois do anúncio pelo sindicato Histadrut de que 60 dos 120 trabalhadores do porto tinham sido notificados do seu despedimento iminente. O sindicato, que abrange trabalhadores de vários sectores públicos, fala em aproveitamento pela gestão da tensão causada pela guerra.

Em resposta, os trabalhadores organizaram um protesto à entrada do porto no mesmo dia.

Em dezembro, o diretor executivo do porto situado no sul do país confirmou à Reuters uma queda de cerca de 85% do tráfego na sequência dos ataques dos houthis no Mar Vermelho. A milícia xiita iemenita decretou um bloqueio marítimo a quaisquer embarcações com ligações a Israel, tendo perturbado seriamente o trânsito naquela região.

Perante estas perturbações, a direção do porto tinha esperança que a coligação internacional liderada pelos EUA resolvesse a situação, mas tal não sucedeu. Recorde-se que, apesar da campanha de ataques aéreos liderada pelos responsáveis norte-americanos, os houthis continuam a atacar navios ocidentais no Mar Vermelho.

O porto de Eilat é o terceiro mais importante para a economia israelita, atrás de Haifa e Ashdod, sendo utilizado sobretudo no comércio internacional de automóveis e componentes. No entanto, oferece ao país uma rota com o Oriente sem necessitar de navegar o canal do Suez.

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