O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou hoje que abandono antecipado da reunião do Grupo dos Sete, no Canadá, não tem “nada a ver” com um cessar-fogo entre Israel e o Irão, é “muito maior do que isso”.
“O Presidente Emmanuel Macron, de França, procura publicidade e disse erradamente que eu deixei a Cimeira do G7, no Canadá, para voltar a Washington para trabalhar num ‘cessar-fogo’ entre Israel e o Irão. Errado!”, escreveu Trump na sua rede social Truth Social, pouco depois de embarcar no Air Force One para um voo com destino à capital norte-americana.
“Ele não faz ideia porque é que eu estou agora a caminho de Washington, mas certamente não tem nada a ver com um cessar-fogo. É muito maior do que isso”, escreveu Trump. “De propósito ou não, Emmanuel engana-se sempre. Fiquem atentos!”, acrescentou o chefe de Estado dos Estados Unidos, que convocou de urgência o Conselho de Segurança Nacional (NSC, na sigla em inglês) em Washington, antes de sair do Canadá.
Trump deu ordens aos membros do NSC para que se reunissem na sala de crise da Casa Branca, onde chegará vindo do Canadá, depois de ter abandonado abruptamente a Cimeira do G7 em Kananaskis (Montanhas Rochosas canadianas), alegadamente por causa do conflito armado entre Israel e o Irão.
O líder norte-americano recusou-se a falar aos jornalistas sobre a reunião. “Tenho de regressar cedo”, disse Trump, que evitou uma pergunta sobre a reunião do NSC.
O porta-voz da Casa Branca, Alex Pfeiffer, escreveu na rede social X na segunda-feira à noite que as forças norte-americanas “estão numa posição defensiva” no Médio Oriente “e isso não mudou”.
“Defenderemos os interesses americanos” na região, acrescentou, quando o conflito entre Israel e o Irão entra na quinta noite consecutiva.
“O que se vê em tempo real é a paz através da força e a América em primeiro lugar. Estamos numa posição defensiva na região, para sermos fortes, em busca de um acordo de paz, e esperamos certamente que seja isso que aconteça”, disse, pelo seu lado, o secretário da Defesa Pete Hegseth, entrevistado na Fox News também na segunda-feira.
“E o Presidente (Donald) Trump deixou claro o que está em cima da mesa. A questão é se o Irão vai aceitar”, acrescentou o líder do Pentágono.
As declarações sobre a postura “defensiva” das forças americanas surgem numa altura em que os meios de comunicação israelitas sugerem que as forças norte-americanas podem estar diretamente envolvidas em ataques contra o Irão.
Entretanto, o porta-aviões americano Nimitz, que se encontrava no Mar do Sul da China, virou para oeste e dirige-se para o Médio Oriente, confirmou um funcionário do Pentágono.
Está atualmente a subir o estreito de Malaca, entre a ilha indonésia de Sumatra e a Malásia.
Portais na internet que geolocalizam em tempo real as posições dos aviões em todo o mundo identificaram o movimento de cerca de trinta aviões de abastecimento norte-americanos no domingo à noite, que se descolaram dos Estados Unidos em direção a várias bases militares na Europa.
Israel, aliado dos Estados Unidos, lançou na sexta-feira uma campanha aérea maciça, de uma dimensão sem precedentes, contra o Irão, visando centenas de instalações militares e nucleares, com o objetivo declarado de impedir que este país adquira armas nucleares. O Irão tem respondido com uma sucessão de salvas de mísseis.
O Presidente dos Estados Unidos apelou através da sua rede social Truth Social para que “toda a gente se retire de Teerão imediatamente”.
“O Irão devia ter assinado o ‘acordo’ quando eu lhes disse para assinarem. Que vergonha e que desperdício de vidas humanas. Para simplificar, o IRÃO NÃO PODE TER ARMAS NUCLEARES”, escreveu ainda.
Os Estados Unidos já estão a ajudar Israel a intercetar os mísseis iranianos apontados ao seu território.
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