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Israel mantém pressão militar no Líbano à espera de vitória de Trump

Conferência de Paris, contestada por Telavive, quer angariar 500 milhões para ajuda humanitária, mas também para fazer renascer o exército libanês, única forma de implementar a resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Israeli soldiers stand by, as a mobile artillery unit fires on the Israeli side of the Israel-Lebanon border December 2, 2023. REUTERS/Gil Eliyahu
26 Outubro 2024, 16h00

O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, pediu em Paris, esta quinta-feira, apoio ao exército do seu país, numa tentativa de encontrar uma via para um cessar-fogo face ao aumento da guerra no sul do Líbano. Mas o pedido, dizem os analistas, deve surtir pouco efeito, dado que uma presença de baixo nível dos Estados Unidos na conferência em França indica o pouco empenhamento da administração democrata de Joe Biden. Para além do tradicional apoio incondicional da Casa Branca (qualquer que seja a sua ‘cor’) a Israel, a proximidade das eleições presidenciais também não ajuda. “A administração Biden está bloqueada em termos de iniciativas”, refere o analista Francisco Seixas da Costa em declarações ao JE. Biden tinha como objetivo central, ao longo do último ano, conseguir encontrar um caminho para o cessar-fogo – o que seria um poderoso incentivo ao voto em Kamala Harris, a candidata democrata. Mas não conseguiu: as demoradas negociações mantidas no Egipto e no Qatar não surtiram qualquer efeito e Biden – que não quis assumir o ónus de suspender o fornecimento de armas ao Estado hebraico – percebeu que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já está noutro plano.

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