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Itália impede envio de vacina da AstraZeneca para a Austrália

As autoridades italianas bloquearam a exportação de 250.000 doses da vacina apelando ao sistema anunciado pela comissão europeia, no final de janeiro, que prevê que os produtores de vacina tenham de pedir autorização para levar a vacina para fora da UE.
4 Março 2021, 17h14

A Itália bloqueou o embarque da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 que tinha como destino a Austrália, na primeira intervenção desde que a União Europeia (UE) introduziu as novas regras que regem o embarque de vacinas para fora do bloco europeu, segundo o “Finantial Times”.

As autoridades italianas informaram que impediram a exportação de 250.000 doses da vacina. A Itália notificou Bruxelas da sua sua proposta, no final da semana passada sob o regime de transparência de exportação de vacinas da UE. A Comissão Europeia tem o poder de se opor à decisão, mas optou por não o fazer.

A medida ameaça aumentar as tensões globais sobre a compra de vacinas depois dos aliados da UE se terem oposto à introdução do regime de exportação. O sistema anunciado pela comissão no final de janeiro define que os produtores de vacinas com base na UE devem obter autorização do governo nacional de onde a vacina Covid-19 é produzida antes de exportá-la para fora da UE. Esta é uma resposta aos atrasos nas entregas das vacinas da Astrazeneca à UE, que iniciaram uma disputa pública da farmacêutica com Bruxelas e os estados membro.

Embora não seja conhecida uma posição recente do governo italiano sobre o impedimento do envio de vacinas, no mês passado, Mario Draghi, o primeiro-ministro italiano, questionou a UE sobre o motivo pelo qual não estava a impor um controlo mais rígido de exportação de vacinas para empresas que não cumpriam os seus compromissos contratuais.

Mais recentemente, ao “Finantial Times”,  uma autoridade italiana realçou que as decisões sobre permitir ou bloquear as exportações de vacinas não foram tomadas unilateralmente e que a comissão estava envolvida. Os EUA e o Reino Unido também têm meios para restringir as exportações de vacinas.

Até 2 de março, a Itália tinha inoculado 4,6 milhões de pessoas, mas o governo italiano pretende acelerar este processo.

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