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Jerónimo Martins perde 2% e PSI acompanha perdas europeias

O principal índice da bolsa de Lisboa está alinhado com as principais congéneres num clima negativo. Lá fora, as más perspetivas do sector automóvel estão a gerar inseguranças nos mercados.
mercados Lisboa bolsa traders
30 Setembro 2024, 11h50

O índice português está a recuar 0,61%, até aos 6.766 pontos no meio da sessão desta segunda-feira. O sentimento negativo está alinhado com as perdas que se registam lá fora, sobretudo no sector automóvel.

A Jerónimo Martins derrapa 2,05%, até aos 17,66 euros por ação, ao passo que a Mota-Engil contrai 1,46% e fica-se pelos 2,564 euros. Seguem-se o BCP, ao cair 1,05%, para os 0,4044 euros e a EDP Renováveis, ao perder 0,64%, até aos 15,58 euros.

Em sentido contrário, a valorização mais acentuada é protagonizada pelos títulos da Greenvolt, que estão a subir 0,30%, ao serem negociados nos 8,33 euros.

Lá fora, sobressaem as perdas expressivas na indústria automóvel, lideradas pela Stellantis, que está a cair 14,75%, até aos 12,404 euros por ação. Acrescem quedas de 6,56% na Renault, 3,71% na Porsche e 2,67% na Volkswagen, entre os impactos mais notórios.

Os principais índices das praças europeias estão a registar descidas, sobretudo em Itália, nos 1,63%, a par de França, em 1,53%.

Nas commodities, o barril de Brent recua 0,11%, até aos 71,46 dólares, ao passo que o crude derrapa 0,19%, para 68,05 dólares por barril.

“As bolsas europeias negoceiam em baixa, arrastadas pelos cortes de perspetivas no sector automóvel, onde desta feita foi a Volkswagen a emitir na passada sexta-feira um alerta para os lucros e uma perspetiva de consumo de capital”, escreve-se na análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

“Já esta manhã foi a vez da Stellantis, que a levava a tombar mais de 12% e a castigar o índice CAC. A fraca procura está a levar a uma guerra de preços no sector e isso reflete-se nas margens”, indica-se.

“O ambiente afeta também o índice DAX e a crise na indústria germânica levou o governo a abandonar metas de crescimento para este ano, projetando agora uma estagnação da maior economia da zona euro”, de acordo com os analistas.

“Em França o governo estará a considerar um imposto extraordinário de 8,5% em empresas com receitas superiores a mil milhões de euros e ainda taxar programas de recompras de ações, de modo a diminuir o elevado défice do país, o que também castiga o sentimento”, assinala-se.

Por outro lado, “a atenuar um pouco está o ambiente positivo vindo das praças asiáticas, que sustenta em especial o sector de recursos naturais”, acrescenta-se.

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