Profissionais da comunicação social queixaram-se hoje dos poucos lugares e do calor que se faz sentir no centro de imprensa do Parque Tejo, onde decorrerá a vigília da Jornada Mundial da Juventude com a presença do Papa.
Questionada pela Lusa, fonte da organização explicou que o centro de imprensa do Parque Tejo é secundário e que o principal, no Parque Eduardo VII, continua disponível para receber jornalistas.
No entanto, a jornalista portuguesa do jornal digital 7 Margens, Clara Raimundo, disse que os jornalistas “não ganham nada” em estar no centro de imprensa do Parque Tejo, porque “não se apercebem daquilo que se passa” no Parque Tejo, que é onde decorrem as principais cerimónias da JMJ hoje e domingo.
Para a jornalista, parece ter havido um “problema com as estimativas dos lugares necessários”.
“O mais complicado é que não cabemos todos e ainda há pessoas que estão para chegar. Temos colegas, por exemplo, grávidas. Obviamente, não podem estar aqui. Deve haver um problema com a climatização. Não sei se há ou não”, afirmou, em declarações à Lusa.
“Acho estranho ter falhado aqui e não ter falhado no Parque Eduardo VII. (…) Toda a gente sabe que este é o auge da JMJ. É aqui que se concentram todos os peregrinos e dos todos os jornalistas, portanto, deveria ter havido um investimento maior aqui”, salientou.
A jornalista alertou ainda para a falta de casas de banho e para a pouca variedade de comida.
Também a repórter venezuelana do jornal El Tigrense Miriam Oñez considerou que as “casas de banho estão muito longe”, e que o calor dentro da tenda onde está instalado o centro de imprensa e os poucos postos de trabalho dificultam as tarefas dos jornalistas.
“Complica-se o trabalho para escrever, editar fotografias, porque estamos todos em grupo. Há jornalistas lá fora à espera para poderem trabalhar e há poucos lugares”, realçou.
Miriam Oñez lamentou que a organização não tivesse pensado que “vinham tantos jornalistas do mundo a Portugal para cobrir tudo o que o Papa tem feito, tudo o que os jovens fazem”.
“Deveria ter sido parecido com o do Parque Eduardo VII, com mais água. Aqui não há água, as casas de banho estão longe, o café é pouco e a comida é pouco acessível”, reforçou.
O repórter de imagem dominicano Nelson Suarez, do La Voz de Maria, também se queixou, dizendo que “se sente muito calor e o espaço não ajuda para trabalhar”.
“Devíamos ter um espaço mais amplo. Aqui sentimo-nos limitados ao espaço e o calor sufoca-nos um bocado”, sublinhou.
JML // FPA
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