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JMJ. Quanto custa, quem vai pagar e que constrangimentos vai causar em Lisboa?

De acordo com estimativas da Igreja Católica, Governo e municípios de Lisboa e Loures, a realização do evento em Portugal será suportada pela Igreja Católica mas apenas com metade do valor. Conheça todos os detalhes sobre a realização deste evento.
28 Julho 2023, 12h00

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) decorre entre os dias 1 e 6 de agosto, com uma mobilização total das forças de segurança do país com a colaboração de forças estrangeiras.

 

Quanto vai custar a JMJ?

De acordo com estimativas dadas a conhecer pela Igreja Católica, Governo e municípios de Lisboa e Loures, a realização do evento em Portugal irá custar cerca de 161 milhões de euros. A Igreja irá desembolsar cerca de 80 milhões de euros, segundo o bispo auxiliar de Lisboa e coordenador da jornada, Américo Aguiar.

A Câmara de Lisboa deverá avançar com 35 milhões de euros e a de Loures entre nove e dez milhões.

 

E, em particular, ao Estado português?

A despesa de Portugal com a organização do evento ascenderá a 30 milhões de euros. O gabinete da Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares avançou, ainda, que as responsabilidades e compromissos assumidos pelo Estado na JMJ poderão ir “até aos 21,8 milhões de euros”, ao qual se somam 8,2 milhões de euros respeitantes a um contrato “adjudicado pela IP (Infraestruturas de Portugal) para a deslocação do terminal de contentores.

Contudo, segundo contas do “Expresso”, a celebração de 194 contratos por parte de entidades públicas desde 2020 subiu os gastos para 38,33 milhões. A “esmagadora maioria das adjudicações (78,5%) foram feitas já em 2023”, nos últimos sete meses.

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Quantas pessoas estarão no evento?

Aquele que é considerado o maior evento da Igreja Católica irá trazer a Lisboa cerca de 1,5 milhões de pessoas. Até ao início de julho, 313 mil peregrinos de 151 países estavam inscritos na JMJ.

 

Onde vai decorrer a JMJ?

O evento vai decorrer em diversas zonas da cidade – tendo o recinto principal da jornada em torno de 100 hectares -, que irão acolher diferentes iniciativas como concertos, conferências, reflexões, entre outros. Parque Eduardo VII, Belém e Parque Tejo, na zona norte do Parque das Nações.

A partilha de atividades entre os concelhos de Loures e Lisboa levou à construção de uma ponte sobre o Rio Trancão.

 

Como está organizado o plano de segurança do evento?

Vão estar destacados 16 mil elementos das forças de segurança, proteção civil e emergência médica, estando prevista, também, a colaboração das Forças Armadas e das polícias espanhola, Europol e Interpol.

Durante os eventos principais, serão criados perímetros de segurança, com diferentes pontos de acesso, onde serão efetuadas revistas por polícias uniformizados, alertou a PSP.

No âmbito da JMJ, foi delineado um plano de controlo de fronteiras, da responsabilidade do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), com a assistência da Polícia de Segurança Pública (PSP) e GNR.

A PSP anunciou esta sexta-feira a proibição de cartazes de grandes dimensões ou com mensagens ofensivas e tendas nos recintos onde vão decorrer os eventos da JMJ.

Marcelo Rebelo de Sousa assegurou, em visita ao Núcleo de Apoio à Decisão da Força Especial de Proteção Civil, que os meios mobilizados para garantir a comunicação e resposta de emergência na JMJ não vão afetar a Proteção Civil na tarefa de combate aos incêndios, em resposta às preocupações levantadas.

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Que resposta vai ser dada em termo de cuidados de saúde?

Cerca de 60 centros de saúde estarão a funcionar com horário alargado, estando disponíveis mais de 100 viaturas de emergência médica, quatro hospitais de campanha e 17 postos médicos durante a JMJ.

António Marques, que preside a Comissão de Gestão do Plano do Ministério da Saúde para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) deu a conhecer o dispositivo montado no terreno para responder eficazmente a situações que possam ocorrer durante esta iniciativa.

 

Que constrangimentos haverá na cidade de Lisboa?

Dezenas de ruas estarão encerradas e condicionadas durante o evento. Será sobretudo nas zonas do Parque Eduardo VII e no Terreiro do Paço, bem como zonas da Avenida da Liberdade, Avenida Infante D. Henrique, Avenida Fontes Pereira de Melo, Rua do Carmo, Rua Castilho, Rua da Prata e as praças dos Restauradores e do Rossio, que as maiores restrições se irão verificar.

A cidade estará dividida por zonas de acordo com o grau de restrições: a zona vermelha, com trânsito proibido, a zona amarela, estando previsto condicionamentos, com a população a ser aconselhada a evitar o uso de carro pessoal, e zona verde, onde poderá haver “cortes pontuais”

Nos dias 4 e 5 de agosto, sexta-feira e sábado, a zona do Parque Tejo estará também altamente condicionada e o IC2 será cortado; contudo, a circulação pedonal manter-se-á.

 

Como está a decorrer o controlo documental nas fronteiras no âmbito da JMJ?

As autoridades portuguesas controlaram mais de 500 mil pessoas desde o início de reposição do controlo documental nas fronteiras no âmbito do evento. Até ao momento, 83 pessoas foram impedidas de entrar em Portugal, sendo as fronteiras aéreas aquelas onde mais cidadãos têm sido controlados.

O controlo documental nas fronteiras terrestres, aéreas e marítimas entrou em vigor no sábado; a seleção é feita com base em informações e análise de risco.

Segundo o Sistema de Segurança Interna, nos primeiros seis dias foram fiscalizadas 503.633 pessoas, 31.874 nas fronteiras terrestres, 438.402 nas fronteiras aéreas e 36.3587 nas fronteiras marítimas.

O controlo de fronteiras no âmbito da JMJ, evento que vai decorrer em Lisboa entre 01 e 06 de agosto e contará com a presença do Papa Francisco, está a cargo do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), com a assistência da Polícia de Segurança Pública (PSP) e GNR, além da eventual colaboração de autoridades de outros países.

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