O ministro das Infraestruturas, João Galamba, expressou esta quinta-feira o desejo de que a ainda CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, deixe de desempenhar o cargo “o mais rápido possível” e quanto a eventuais bónus, o Governo não irá pagar aquilo que não tiver que pagar.
À saída de uma iniciativa em que a NAV e a Força Aérea assinaram uma carta de operações para a reestruturação do espaço aéreo, o governante comentou o facto de Christine Ourmières-Widener continuar em funções, de acordo com informação prestada pela TAP à CMVM esta quinta-feira.
“A ideia é que a CEO da TAP deixe de desempenhar funções o mais rápido possível; o processo de demissão dos dois administradores está em curso”, garantiu João Galamba.
Sobre a possibilidade do Governo ter de pagar indemnizações ou bónus aos dois gestores que vão deixar a administração da TAP, Galamba garantiu que o acionista Estado “cumprirá a lei e será pago o que tiver que ser pago e não será pago aquilo que não tiver que ser pago”.
João Galamba mostrou-se confiante de que “o processo de privatização tem tudo para correr bem. O que leva a que os resultados sejam muito acima do esperado não é um resultado na área dos custos mas sim um comportamento melhor das receitas da operação da TAP”.
Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP e Manuel Beja, presidente do Conselho de Administração, mantêm-se em funções na TAP, sendo que a companhia aérea garantiu esta quinta-feira à CMVM que “não dispõe de informação sobre os concretos procedimentos” para a destituição destes gestores.
Refere a companhia aérea que a TAP foi “formalmente notificada” do relatório da IGF por parte do ministro das Finanças e que irá “iniciar de imediato os procedimentos tendentes à destituição por justa causa” de Christine Ourmières-Widener e de Manuel Beja “de todas as funções de administração exercidades em sociedades do universo TAP”.
No entanto, a TAP recorda que “relativamente à intenção de destituição por justa causa” e da respetiva substituição destes administradores, “não dispõe de informação sobre os concretos procedimentos que estarão a ser adotados nem sobre os concretos prazos previstos para a sua adoção pelo acionista”.
Não tendo sido adotada “qualquer deliberação pelo acionista”, estes administradores “continuam em funções” e a “cumprir as responsabilidades inerentes aos respetivos cargos”.
Explica a companhia aérea em comunicado que “não dispõe de qualquer informação adicional referente a eventuais outras alterações pretendidas pelo acionista na composição do seu órgão de administração” que está a cumprir mandato previsto até 2024.
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