[weglot_switcher]

Joe Berardo tinha agentes de execução à sua espera à saida do Parlamento

Os três agentes de execução tinham o objetivo de entregar uma notificação judicial ao empresário.
11 Maio 2019, 16h54

Joe Berardo tinha agentes de execução à sua espera no Parlamento na sexta-feira, 11 de maio. Alertados pela sua ida à segunda comissão de inquérito à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e à gestão do banco, os agentes queriam entregar uma notificação judicial ao empresário no Parlamento.

Para esse efeito, pediram permissão para notificar o empresário dentro do Parlamento, mas o pedido foi rejeitado, obrigando os três agentes de execução a esperarem à porta do Parlamento, segundo a SIC Notícias.

Terminada a audição, Joe Berardo encaminhou-se para a saída do Parlamento, onde esperavam os agentes de execução com a notificação judicial para entregar.

De acordo com a SIC Notícias e o Observador, os jornalistas presentes na audição aperceberam-se da situação e acompanharam o empresário até à saída do Parlamento para presenciarem a entrega da notificação judicial.

Mas perante o aparato da comunicação social, os oficiais do tribunal acabaram por não entregar a notificação judicial a Joe Berardo à saída do Parlamento. Questionado pela RTP, o advogado do empresário confirmou que a notificação não  foi entregue.

A 22 de abril, a Lusa avançou que um processo conjunto da Caixa Geral de Depósitos, Novo Banco e BCP contra o empresário deu entrada na justiça. A ação para cobrança de uma dívida total de 962 milhões de euros, tem como executados Joe Berardo e mais três empresas ligadas a si: a Fundação José Berardo – Instituição Particular de Solidariedade Social, a empresa Metalgest- Sociedade de Gestão e a empresa Moagens Associadas, SA.

Durante a audição, Joe Berardo foi questionado acerca desta penhora, mas revelou que ainda não tinha sido notificado da mesmo, segundo a SIC.

A audição do empresário no Parlamento ficou marcada por frases como “eu pessoalmente não tenho dívidas”. De acordo com a auditoria da EY à gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o banco público tinha em 2015 uma exposição a Joe Berardo e à Metalgest num total de 321 milhões de euros.

https://jornaleconomico.pt/noticias/berardo-se-eles-cgd-quiserem-levar-a-garagem-podem-levar-443290

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.