O democrata Joe Biden chegou esta sexta-feira, para já, aos 279 votos no colégio eleitoral, acima dos 270 necessários para derrotar o incumbente Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, segundo a Associated Press, a ABC News, a CBS News (que chama “vencedor aparente” ao democrata), e a CNN, num resultado que será contestado nos tribunais pelos republicanos. algumas das principais estações de TV norte-americanas dão Biden como vitorioso no Nevada, juntando mais seis ‘super eleitores’ do seu lado.
“América, estou honrado por me terem escolhido para liderar o nosso grande país. O trabalho que temos pela frente será árduo, mas garanto-lhes o seguinte: serei um presidente para todos os americanos – quer tenham votado em mim ou não. Vou manter a fé que vocês depositaram em mim”, disse o novo presidente no Twitter.
Repetem-se por todo o lado as mensagens nesse sentido: apoiantes do novo presidente e comentadores dos mais variados quadrantes convergem no pedido para que Biden reunifique o país e tente sanar as chagas de uma nação que consideram estar profundamente dividida.
Biden, que foi vice-presidente na administração de Barack Obama entre 2008 e 2016, chegou aos 273 votos no colégio eleitoral ao vencer no estado da Pensilvânia, que representa 20 votos dos chamados “grandes eleitores”.
Entretanto, o Governo português já reagiu: “Parabéns ao Presidente eleito JoeBiden. Espero que em breve possamos trabalhar no reforço das relações transatlânticas e na gestão de assuntos globais, como as alterações climáticas, a defesa da democracia e a segurança internacional”, disse o primeiro-ministro António Costa.
“Saudamos o Presidente Eleito Joe Biden. Trabalharemos com a nova administração norte-americana para o aprofundamento da relação bilateral e para o estreitamento dos laços entre a UE e os EUA”, diz um ‘twitt’ do Ministério dos Negócios Estrangeiros liderado por Augusto Santos Silva.
Donald Trump tem acusado os democratas de cometerem “uma grande fraude”, dizendo que se deve parar a contagem dos votos que chegaram tarde, admitindo recorrer ao Supremo Tribunal. A equipa jurídica do republicano tem pedido providências em vários estados-chave para trancar a contagem de votos, mas com pouco sucesso. Trump garantiu na quinta-feira que se “contarmos todos os voto legais, venço”.
A CNN avança que falou com fontes próximas da campanha de Trump que lhe foi dito que “não ficassem à espera que o candidato republicano aceite a derrota” e declare a vitória do candidato democrata. Uma responsável da Comissão Federal de Eleições assegurou entretanto que “não há evidência de fraude” nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, conforme denunciou, sem apresentar provas, o governante e candidato republicano Donald Trump.
“Tem havido muito poucas queixas sobre a forma como se desenrolaram estas eleições”, afirmou Ellen Weintraub, comissária da FEC, uma agência federal independente encarregue de zelar pelo cumprimento das leis de financiamento de campanhas nos comícios nos Estados Unidos.
Joe Biden tem apelado à paciência dos americanos, dizendo que todos os votos têm de ser contados e que é necessário confiar no processo eleitoral.
Hillary Clinton, que perdeu para Trump há quatro anos, já ‘twittou’ os seus parabéns ao candidato democrata e congratulou-se com o fim da ‘era Trump’.
[Em atualização]
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